29 de março de 2024

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Câncer infantil: pediatra tem papel fundamental no diagnóstico

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O Dia Mundial de Combate ao Câncer Infantil, comemorado todos os anos em 14 de fevereiro, foi criado por organizações não governamentais, em 2001, para alertar pais e médicos sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer entre as crianças.

Os sintomas mais comuns do câncer infantil – febre, perda de apetite e peso, dores na barriga e nas pernas, caroços e inchaços, palidez, manchas roxas, dor de cabeça, vômitos, visão turva –  são comuns aos de outras doenças pediátricas e o crescimento tumoral é muito rápido. Daí a importância do pediatra no diagnóstico.

Diagnosticado precocemente e iniciado o tratamento em seguida, as chances de cura do câncer infantil são muito altas. Isso porque o organismo das crianças e adolescentes reage bem  aos tratamentos quimioterápicos e radioterápicos  e a resposta é muito mais rápida e eficaz do que a dos adultos.

Portanto, a referência, de acordo com a oncologista pediátrica Melissa Ferreira de Macêdo, do Hospital infantil Darcy Vargas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde, está no pediatra que é o responsável pela identificação e resolução de 95% das doenças que acometem a infância. É ele que acompanha o desenvolvimento da criança e que vai estar atento aos sintomas de modo a diferenciá-los e saber se estão relacionados às doenças pediátricas ou se podem indicar ocorrência de tumores.

No Brasil, a incidência do câncer infantil é pequena  (em torno de 12 mil casos ao ano), mas a taxa de mortalidade é alta no país. É a segunda causa de morte nas faixa etária de 0 a 19 anos (a primeira são causas externas como acidentes e casos de violência) e a primeira entre as doenças pediátricas.

Confira a seguir as recomendações da oncologista pediátrica Melissa Ferreira de Macêdo:

Informações importantes
Em média de 60 a 70% dos casos de câncer infantil tem cura e as chances serão maiores quanto menor for o prazo entre o diagnóstico e o início do tratamento;

Dependendo do tipo de câncer, a chance de cura é muita alta.  Entre os casos de câncer infantil, as leucemias são as que têm mais chances de cura (de 80 a 85% dos casos);

É importante os pais levarem os seus bebês regularmente ao pediatra e de preferência no mesmo médico que acompanha a criança desde os primeiros dias de vida;

O calendário mínimo para o atendimento à criança, recomendado pelo Ministério da Saúde, é: uma vez ao mês, aos dois, quatro, seis, nove, 12 e 24 meses, sendo o retorno anual a partir dos dois anos de vida.

Sintomas mais comuns
Febre sem foco infeccioso há mais de uma semana;
Perda de apetite e de peso (mais de 10% do peso normal);
Dores na barriga e nas pernas;
Caroços no pescoço  (glânglios linfáticos – inguas) que não desaparecem e aumentam;
Dores que acordam a criança à noite;
Perda das capacidades motora e psicológica já adquiridas, como é o caso de crianças que andavam e pararam de andar.

Tipos de câncer infantil mais comuns
Leucemias agudas;
Tumores do sistema nervoso central (câncer do cérebro);
Linfomas;
Neuroblastoma (câncer da supra renal);
Tumor Wilms (tumor renal mais comum).

Atitudes preventivas importantes (a importância de hábitos saudáveis):
Boa alimentação;
Sono regrado;
Tomar sol nos horários adequados;
Tratamento da obesidade infantil (causa de diversos males, como o avanço da diabetes);
Prioridade para o consumo de alimentos naturais no lugar de produtos alimentícios industrializados;
Atividades físicas externas, que devem prevalecer sobre hábitos como a exposição demasiada à televisão e videogames, que podem prejudicar os sentidos, como a visão e audição.

 

 

Portal do Governo do Estado de SP

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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