28 de março de 2024

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Balanço da Saúde mostra que Campinas registrou 211 casos de dengue em 2015

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A Secretaria de Saúde de Campinas informou nesta terça-feira, dia 10 de fevereiro, que foram confirmados 211 casos de dengue em 2015. De acordo com o balanço do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), há 915 casos em investigação referentes a janeiro, que são os casos suspeitos da doença que aguardam resultados de exames laboratoriais para a confirmação ou descarte e 87 casos em investigação de fevereiro, nenhum deles confirmado.

Não há registros de morte confirmados, nem em investigação. O município não tem casos notificados de chikungunya. Todos os 211 casos de dengue confirmados são de janeiro. Em janeiro de 2014, foram confirmados 262.

Os meses de janeiro a maio, historicamente, são os de maior incidência da dengue, por conta do calor e das chuvas, sendo o pico em abril. Este ano, especialmente, as autoridades sanitárias ressaltam que a situação conta com outros fatores favoráveis para a doença, que são os cenários Estadual – com muitos municípios paulistas com uma situação crítica em relação à dengue – e Nacional – o País registrou um aumento de 57,2% dos casos notificados no mês de janeiro, comparado ao mesmo período do ano passado; o contexto climático, já que fez mais calor no Estado de São Paulo nos últimos meses do que a média histórica das últimas décadas; e a escassez de água, situação que fez com que as pessoas passassem a estocar o produto em reservatórios domésticos que podem servir de criadouros para o mosquito da dengue.

Veja o gráfico abaixo:

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A Secretaria de Saúde de Campinas informa que está alerta a todos estes fatores, com equipes preparadas para o diagnóstico e tratamento precoces dos casos. Também ressalta que a Prefeitura reforçou as ações de prevenção e controle, com um trabalho intersetorial de organização e limpeza da cidade e mobilização da comunidade, inclusive se antecipando a este período da sazonalidade – os meses de maior incidência da doença.

As ações incluem:

Criação do Comitê Gestor Municipal de Prevenção e Controle da Dengue e Chikungunya, espaço que potencializa de forma intersetorial as ações de combate à doença. Participam deste fórum as Secretarias de Chefia de Gabinete, Saúde, Educação, Serviços Públicos, Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Recursos Humanos, Administração, Comunicação, além da Defesa Civil e da Sanasa;

Contratação de serviços complementares para as atividades de campo, especialmente para nebulização e telamento de caixas d´água. Todo o trabalho de nebulização e telamento de caixas d’ água é indicado e supervisionado pelas equipes de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, de acordo com áreas de risco e ocorrência de casos;

Trabalho intersetorial com a Secretaria de Educação, por meio de ações de educação, informação e mobilização social nas escolas. Para isto, foram capacitados todos os representantes das Naeds (Núcleo de Ação Educativa Descentralizada) e diretores de educação infantil e fundamental, que serão multiplicadores em seus territórios;

Intensificação do trabalho intersetorial com a Secretaria de Serviços Públicos para limpeza e organização da cidade, por meio de mutirões e remoção de criadouros;

Reforço na parceria com a Sanasa, para atuação, inclusive, em relação às caixas d´água e nas ações de mobilização social, por meio dos seus leituristas e outros profissionais que atuam em campo;

Capacitação das equipes das redes pública e privada de saúde no sentido de formar uma rede sensível e competente para suspeição, notificação, atendimento e acompanhamento dos pacientes. Capacitação, em parceria com a Sucen, de equipes de trabalho de campo;

Sensibilização das secretarias municipais e autarquias para a questão da dengue, no sentido de eliminação de criadouros nos equipamentos próprios da Prefeitura. Equipes da Defesa Civil foram capacitadas;

Revisão e adequação das estratégias de informação, comunicação e mobilização social;

Parceria com o Exército, para colaboração nas ações de controle;

Realização da investigação de casos, com busca ativa, remoção de criadouros, ações de orientação e educação em saúde;

Reorganização interna dos Centros de Saúde mais afetados, para permitir maior agilidade na assistência aos casos;

Reorganização do fluxo com o Laboratório Municipal, para permitir maior agilidade nos exames complementares para dengue (hemograma);

Atuação dos técnicos nos pontos de risco (que são ferros velhos, borracharias, cemitérios etc) e nos imóveis especiais (escolas, hospitais);

Todas as ações para o controle do vetor da dengue têm impacto na prevenção da chikungunya. As duas doenças são transmitidas pelo mesmo vetor (o mesmo mosquito) – o mosquito Aedes.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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