28 de março de 2024

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Artigo – Traição e Perdão: O que devemos entender?

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Traição umas das palavras que é campeã na destruição, autoestima e qualidade de vida de um relacionamento.

Geralmente vem acompanhado de perguntas como:

ONDE FOI QUE ERREI?” ; “O QUE SERÁ QUE ELA (E) TEM QUE NÃO TENHO?” ; “SERÁ QUE DEIXEI A DESEJAR OU FALTAR ALGO?” ; “O QUE PRECISO FAZER PARA QUE NÃO ACONTEÇA NOVAMENTE?”

É possível perdoar uma traição?

A partir de nossas escolhas, vivemos oportunidades de aprendizado e crescimento constantemente. Quando tomamos repetidamente escolhas de forma inconsciente, esses reflexos se manifestam a princípio de forma sutil e limitada. Como pequenos mal estares físicos e acidentes, ou em pequenas brigas e desentendimentos em nosso dia-a dia.

Enfim, uma dor imensurável para aquele que foi traído. A única verdade é que o culpado dessa dor será aquele que o traiu. Nada justifica uma traição. Estou compartilhando porque aconteceu comigo em uma relação amigável entre amigas profissionais, por motivos de conquistas. São atos que acontecem a partir de relacionamentos, seja conjugais, amizades, trabalhos, ou qualquer tipo de relação afetiva. É aconselhável que se o casamento estiver ruim separe-se ou a amizade não é de confiança mude seus hábitos de relacionamentos.

Quando descobrimos a traição, passamos por um processo de dor, a primeira atitude é resolver de imediato à situação que estamos envolvidos e ficamos preocupados se temos o dever de perdoar quem nos feriu. Isso por que a traição é provocada por alguém de confiança, nunca procede de outra pessoa que você não tenha vínculo ou crédito.Traições nunca acontecem á toa. Sempre tem uma situação e a responsabilidade nunca é exclusivamente do “traidor”. Os maiores motivos da traição vêm de relacionamentos desgastados, de uma base destruída, onde as pessoas se relacionam de qualquer modo e de qualquer postura, ou seja, de qualquer jeito.

Quando passamos por esse processo sofre tanto o traído como aquele que provocou a traição. Isso é um processo de recuperação muito delicado, quem passou por esse episódio ou quem estiver passando terá que entender que aquele que o traiu e confessou a traição está tentando o perdão. Diante das circunstâncias devemos analisar os fatos ocorridos e perceber que ambos não são perfeitos e que ninguém vive em contos de fadas. Ao vivenciar uma traição é importante que, apesar de toda dor, se encare conscientemente a situação. Ficará uma cicatriz porque foi algo que feriu e machucou, o aproveitamento desse episódio será o aprendizado que ambos envolvidos terá adquirido. Não devemos agir por impulsos, espere um determinado tempo para tomar decisões, assim irá analisar melhor às opções e atitudes a ser tomadas. O fim de um relacionamento será gerado por dois sujeitos mesmo que a traição partiu de uma só pessoa. Assim depois de muitas mágoas e de ter digerido todos os atos surgirá as etapas do perdão.

O perdão é a compreensão que temos do outro, por isso, temos que ter acesso ao esquecimento e não ficar alfinetando o parceiro (a), caso isso ocorra será um desejo que o outro pague e não de exato o perdão. Temos que esquecer de fato os atos ocorridos, esse é o perdão de temperamento, ou seja, da personalidade da pessoa. Agora quem não tem facilidade de esquecer fatos ocorridos temos a segunda opção de PERDÃO é aprender a conviver novamente com a pessoa, neutralizando o convívio e trazer a pessoa que traiu para sua confiança novamente, mesmo que venham lembranças, temos a capacidade de não mencionar os fatos de erros devido à opção escolhida de perdoar. Com isso ocorre a neutralização dos afetos. Se perdoarmos é porque amamos.

Lembre-se de que a vida bem vivida é a melhor alternativa. Em vez de nos concentrar nas mágoas, aprendemos a buscar o amor, a beleza e a bondade ao nosso redor. Modifique a sua história de ressentimento de forma que ela lembre a escolha heroica que foi perdoar. Passe de vítima a herói na história que você contar. Coloque sua energia em tentar alcançar seus objetivos positivos por meio que não seja da experiência que o feriu. Em vez de reprisar mentalmente sua mágoa, procure outros caminhos para suas metas e comprometa-se consigo mesma a fazer o que for preciso para sentir-se melhor e bem.

O ato de perdoar é para você e ninguém mais. Aliás, ninguém precisa saber da sua decisão, ela é individual e cabe somente a você mesma. O relacionamento afetivo é um fenômeno complexo que tem despertado cada vez mais a necessidade de compreender as mudanças e os processos implicados na qualidade de vida dos casais e na sua estabilidade conjugal. Embora, nas últimas décadas, tenha aumentado o número de pesquisas focadas nessas relações, é lenta a caminhada na construção de explicações que deem conta da complexidade inerente a relacionamento casal. Estudos empíricos buscam preencher essa lacuna, mas constata-se que ainda há mais perguntas do que respostas.

Há muitas vertentes psicológicas, existenciais, emocionais e espirituais para nos punirem já nesta vida. Quem não perdoa não será punido apenas na eternidade, é punido aqui. Quem não perdoa já está sob o poder do mal aqui. Quem não perdoa fica com cancro na alma, envenena o coração e se auto chicoteia pela própria decisão. Flagela-se, encarcera-se, tem sua penitenciária neste mundo.

Perdoamos não porque somos bons e sim porque somos inteligentes.

 

Por Maira Scavacini – Fotógrafa, Apresentadora do Programa Olhar Feminino indicado para mulheres em redes visíveis e transmissíveis na empresa SB24horas. https://sb24horas.com.br/

Por Silvana Lima – Psicóloga. Aperfeiçoamento em Abuso Sexual, Violência Doméstica, Planejamento Familiar e Psicofarmacologia no Centro Universitário Unisal, em Americana- SP. Especialista em Saúde Mental, Psicologia Social e Orientações Profissionais na área Escolar pela UCAM- Universidade Cândido Mendes-RJ e  Portal Educação-SP. Coordenadora e Apresentadora do Programa Jeito de Ser voltado para a área de saúde, em redes visíveis e transmissíveis pelo portal SB24horas. Curriculum lattes: https://www.facebook.com/Sb24horas/videos/2073297822700244/ limasantos_silvana@hotmail.com

 

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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