28 de março de 2024

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Artigo – O trauma insuperável

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Por Douglas S. Nogueira

 

Um trauma relacionado à uma tragédia seguida de morte a qual você foi vítima também e quem estava ao seu lado acabou falecendo, a um assalto, a uma baixa da vida como a demissão de um emprego que  antes de trabalhar no mesmo havia sonhado tanto, à uma doença grave que foi superada ou à uma fúria da natureza que destruiu todo os seus bens, enfim, todos esses traumas por mais graves e fixadores em nossa mente que sejam são ao longo do tempo superados, segundo estudos de psicólogos e psiquiatras, logicamente que não cem por cento, mas apagam-se de tal forma que mais cedo ou mais tarde conseguimos dar seqüência na vida, exatamente no ponto de felicidade que tínhamos parado.

         No entanto, há um trauma que seja por parte masculina ou feminina, na amizade, no relacionamento a dois ou na vida profissional, dificilmente se apaga. Sabe qual é? O trauma de uma traição. Esse dependendo das proporções, segundo os mesmos estudos do parágrafo anterior, podem levar o (a) indivíduo (a) a morte por intermédio de uma depressão galopante e destruidora que baixa sobre o (a) mesmo (a).

         O nosso maior erro é confiar cem e as vezes até cento e um por cento nas pessoas que nos rodeiam, essa é a maior falha que cometemos, seria até radical escrever dessa forma, mas não se pode confiar por proporções totais em absolutamente ninguém, nem mesmo familiares, pelo simples fato de que somos todos seres humanos, pecadores e sujeitos a erros os quais não queremos cometer mas acabamos cometendo e portanto confiar nessa nossa espécie humana é nada mais nada menos, que dar tiros e tiros no escuro.

         Damos todos os créditos possíveis aquele amigo ou amiga de anos e de repente, zás! Nos apunhala pela costas, uma inexplicável traição que nos leva ao desacerto mental. Amamos cegamente aquela namorada ou namorado, noiva ou noivo, esposa ou marido e quando menos esperamos os Ricardões ou Gabrielas de plantão, fazem parte de nossas relacionamentos amorosos, aí não só as casas caem, como os corações despedaçam e em diversos casos param de bater.

Na empresa ou na atividade que exercemos, acabamos por confiarmos naquela pessoa que das “cobras” que ali existem parece a menos venenosa, trocamos idéias e experiências profissionais passadas e em um belo dia ela se ajunta ao butantã das cobras, mostra a sua verdadeira, cruel e até então escondida face de víbora moldada pela fúria da inveja, nos golpeia no pescoço, fazendo com que nossos empregos ou atividades exercidas sejam destruídas de tal maneira, que dali em diante ao chegarmos em casa sintamos medo de até mesmo sairmos novamente para aquele trabalho se ele ainda existir ou procurarmos outro.

No futebol, a famosa “igrejinha” é um típico exemplo de traição profissional. Jogadores descontentes com a forma de trabalho do treinador ao invés de conversarem com ele, se unem na demoníaca intenção de jogarem mal, causando conseqüentemente más resultados, culminando então com a saída do técnico.

Perceba então que a traição infelizmente é algo que faz parte da nossa espécie, e que somos movidos inconscientemente a fazermos algo contrário a felicidade alheia. Por que somos assim? Movidos por sentimentos e atitudes destruidoras, como é o caso da inveja e principalmente da traição? Que seres somos nós? Sinceramente eu não consigo responder.

Trair alguém, não é enganar ou prejudicar ao outro e sim a nós mesmos, pois o tempo em que perdemos agindo assim com o coração em diversas ocasiões amargoso, é como se nos tirassem dias de vida, porque quem é traído, ao descobrir recebe um trauma insuperável, mas quem trai permanece para o resto da vida com a carga do arrependimento.

 

Douglas S. Nogueira

Técnico de Manutenção e Integrante das Associação Literárias de Santa Bárbara e Piracicaba  – ACIBEL e CLIP

E-mail: douglas_snogueira@yahoo.com.br

Blog: www.douglassnogueira.blogspot.com

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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