18 de abril de 2024

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Americana: Cineclube Estação exibe “RIP! A Remix Manifesto” e debate compartilhamento de informações e propriedade intelectual

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Em parceria com o movimento Pula Catraca Americana e a Secretaria de Cultura e Turismo, o Cineclube Estação realizará no dia 10 de novembro mais um Cine Debate, à partir das 19h no Centro de Cultura e Lazer (CCL).

RIP!: a Remix Manifesto é um documentário dirigido pelo ciberativista Brett Gaylor, e tem como foco principal a discussão acerca dos direitos autorais, propriedade intelectual, compartilhamento de informação e a cultura do remix nos dias de hoje.

O documentário conta com presenças ilustres como a do produtor Gregg Willis, conhecido no mundo da música como “Girl Talk”, Lawrence Lessig, criador da Creative Commons, Gilberto Gil, então Ministro da Cultura no Brasil, o crítico cultural Cory Doctorow, dentre outros.

O filme foi lançado oficialmente em 2008, no Canadá, mas disponibilizou material online muito antes, através de um projeto criado por Brett Gaylor intitulado Open Source Cinema. O objetivo era que o filme fosse uma produção colaborativa, onde o público pudesse contribuir com material ou mesmo baixar, editar e remixar o filme de acordo com a sua vontade, seguindo a ideia da Cultura do Remix. O projeto foi um sucesso e ganhou muitos prêmios.

Para fomentar ainda mais o debate, teremos a Karina Pilotto do Jornal O Liberal, Leticia Quirino do Cultura no Bolso e Denis Carvalho do Portal GOLivre.

A iniciativa, que também aborda questões culturais relacionadas a música como agente de transformação na sociedade, é também para fazer um “aquecimento” para a Semana do Hip Hop, que terá início oficialmente no dia 12 de novembro em Americana.

 

FILME

O filme começa introduzindo a arte do remix, através do o trabalho de Girl Talk. Ele faz mashups, ou seja, recorta trechos de diversas músicas e os rearranja em uma disposição totalmente diferente, criando uma nova música.

Aos poucos, Brett Gaylor, que narra o filme em primeira pessoa, vai nos apresentando questões polemicas que giram em torno desse tipo de trabalho, como a guerra que vem sendo travada entre dois grandes exércitos: os “Copyright”, que representam as corporações privadas que consideram que ideias são propriedade intelectual e devem ser protegidas e trancafiadas para lucro próprio; e os “Copyleft”, que visam compartilhar conteúdo e defendem o domínio público como sendo um espaço para a livre troca de ideias e a garantia do futuro da arte e da cultura.

Diante dessa batalha, e estando no time dos Copyleft, Gaylor e outros defensores da causa criaram o seguinte manifesto:

1) A cultura sempre se constrói baseada no passado;

2) O passado sempre tenta controlar o futuro;

3) O futuro está se tornando menos livre;

4) Para construir sociedades livres é preciso limitar o controle do passado.

Baseando-se nessas premissas, a história do filme se desenvolve, passando por várias entrevistas com representantes dos 2 lados da guerra. O documentário se auto-denomina uma representação desse manifesto, convocando a participação das pessoas não só na guerra contra as grandes corporações defensoras dos copyrights quanto na produção de novos conteúdos baseada na remixagem, garantindo assim o futuro da cultura e a arte.

 

FICHA TÉCNICA

Nome: RIP!: A Remix Manifesto

Dirigido por: Brett Gaylor

Produzido por: Daniel Cross, Mila Aung Thwin, Ravida Din, Sally Bochner

Estrelando: Girl Talk, Lawrence Lessig, Cory Doctorow, Gilberto Gil

Música por: Olivier Alary

Edição: Brett Gaylor, Tony Asimakopoulos

Estúdio: National Film Board of Canada, EyeSteelFilm

Distribuição: Documentary, Canal d, B-Side Entertainment

Data de estréia: Novembro de 2008

Duração: 86 min

País: Canadá

Idioma: Inglês

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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