29 de março de 2024

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Abordagem Contingencial

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Em um projeto organizacional, os gerentes costumam utilizar a Abordagem Contingencial para estruturar as etapas dos processos. Algumas variáveis mais usadas são: a estratégia, o tamanho e a tecnologia.

A estrutura adotada por uma organização para alcançar seus objetivos está firmemente baseada na estratégia. As combinações mais correntes entre estrutura e estratégia focalizam três dimensões: inovação, minimização de custos e imitação.

Ao invés de mudanças superficiais, a estratégia de inovação procura mudanças únicas e significativas. A estratégia de minimização de custos controla os custos de marketing ou inovação e reduz os preços dos produtos. Já a estratégia de imitação combina todas as estratégias anteriores e somente desloca-se para novos mercados quando sua viabilidade for comprovada levando em conta as ideias anteriores já lançadas pelos inovadores.

A segunda variável de um projeto organizacional é o tamanho. Embora o tamanho de uma organização influencie significativamente sua estrutura, a relação não é linear. As grandes organizações (com mais de dois mil funcionários) possuem mais especialização, departamentalização, níveis verticais, regras e regulamentos do que as pequenas organizações. Entretanto, o tamanho de uma empresa afeta a estrutura de forma decrescente, e seu impacto é menos importante à medida que uma organização se expande.

A tecnologia é a terceira variável da abordagem contingencial, pois as organizações utilizam meios tecnológicos para transformar insumos em produtos.

Em 1960, a socióloga industrial Joan Woodward estudou cerca de 100 pequenas empresas industriais da Inglaterra. Ela as segmentou em três categorias baseadas no tamanho de seus circuitos de produção. A primeira categoria, produção unitária, englobava produtores unitários ou de pequenos lotes, que fabricavam produtos personalizados, como os ternos confeccionados por alfaiates. A segunda categoria, produção em massa, abrangia produtores de grandes lotes ou com produção em massa, como os fabricantes de automóvel. A terceira categoria, produção em processo, incluía produtores em processo contínuo, como as refinarias de petróleo. Joan Woodward chegou a duas conclusões: (1) existiam relações distintas entre essas classificações tecnológicas e a estrutura resultante nas empresas; (2) a eficácia das organizações estava relacionada à adequação entre tecnologia e estrutura.

Estudos subsequentes demonstraram que as estruturas organizacionais se adaptam à tecnologia de que dispõem. Além disso, o grau de rotinização diferencia as tecnologias. Ou seja, as tecnologias tendem para atividades rotineiras ou não rotineiras, podendo ser padronizadas ou realizadas sob encomenda, respectivamente.

Robson Paniago é professor da IBE-FGV, doutor em Ciências Empresariais pela Universidad Del Museo Social Argentino, mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, especialista em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – SP e Graduado em Administração pela Universidade São Marcos – SP.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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