28 de março de 2024

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A educação através da robótica pode ser fantástica e educativa

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Aulas de Robótica estimulam raciocínio lógico e criatividade dos jovens do Ensino Fundamental.

Com cada vez mais frequência, programas de computadores controlam o tráfego nas cidades. Robôs operam cadeias produtivas na indústria e no campo. A sensação de que, pouco a pouco, os enredos de ficção científica parecem cada vez mais cotidianos, faz-se muito presente. Mais do que aproximar os jovens dos conceitos básicos de mecatrônica e informática, o objetivo da robótica na escola é estimular o raciocínio lógico, a criatividade e a investigação científica. Além de familiarizarem os alunos com conceitos básicos de mecatrônica e informática, os robôs tornam a aprendizagem mais lúdica.

O grande benefício trazido pela Robótica nas escolas é o engajamento dos alunos com a aprendizagem. Em tempos de “linguagens líquidas na era da mobilidade”, como bem pontua Lucia Santaella, a disciplina desenvolve habilidades de trabalho em grupo e noções de algoritmos, além de iniciar uma alfabetização tecnológica cada vez mais necessária e natural.

Transversal a todas as matérias, a construção dos dispositivos robóticos requer também o uso das aprendizagens adquiridas nas demais disciplinas da grade curricular como, por exemplo, para lançar um projétil através de uma catapulta, os alunos precisam colocar em prática os conhecimentos de Física e Geometria para saber em qual ângulo a estrutura precisaria estar posicionada, o peso do dado projétil e então calcular a distância que este atingiria.

Outro ponto importante da Robótica é o estímulo à pesquisa e ao protagonismo. O lúdico somado ao natural anseio e familiaridade das novas gerações acerca da mecatrônica e da informática, desperta lideranças e transforma alunos em agentes de sua própria aprendizagem. Para Vanessa Juliato, Coordenadora do Núcleo de Educação Integrada (NEI) da Fundação Romi e Educadora de Robótica, “isso se deve ao lado prático da disciplina. É uma aprendizagem que requer reflexão e envolve tentativa e erro. O aluno tem de planejar o robô e suas funções, antes de produzi-lo. E, se depois da montagem, nada dá certo, tem de desmontar e reconstruir. A Robótica implica em trabalho intelectual e manual. Sem isso, o objeto não toma forma, nem função.” – pontua.

Há um grande exercício de raciocínio lógico, pois o funcionamento do robô é determinado por uma programação, um algoritmo que ele deve seguir e que se não estiver bem projetado e programado o resultado não será o esperado.

Para o Professor de Tecnologia da Informação e Linguagens de Programação do COTIL-UNICAMP, Fernando Bryan Frizzarin, “é importante que os educadores sejam capazes de vislumbrar a complexidade da robótica e tirar o melhor proveito dela para o ensino de jovens do Fundamental, sobretudo, daqueles que se preparam para o ingresso nas escolas do Ensino Médio-Técnico. Primeiramente, familiarizamos os alunos com peças, motores, sensores e softwares. Depois, ao longo das atividades e conforme vão dominando a técnica, desenvolvemos projetos reais de Robótica”, explica Fernando, orientador do Núcleo de Informática do NEI, a escola da Fundação Romi.

Fernando Frizzarin, que lançou recentemente o livro “Arduino – Guia para colocar suas ideias em prática”, pela Casa do Código, e que na quinta-feira (10/03), às 19h30, dará uma palestra aos pais de alunos, responsáveis e convidados do Núcleo de Educação Integrada da Fundação Romi, enfatiza que “hoje em dia, a ingresso no mercado de trabalho deve ocorrer cada vez mais cedo, se o jovem deseja alcançar postos elevados em sua carreira e o quanto antes descobrir e for preparado para os desafios modernos – não necessariamente de robótica – que receberá no trabalho, melhor se sairá. Aí que entra essa formação tecnológica, que ensina não só elementos elétricos, eletrônicos e de programação, mas também, como pensar em estratégias para resolver problemas.”.

Já não é de hoje que se critica o papel passivo dos estudantes no ensino, baseado em aulas expositivas, lousas, salas fechadas, memorização e repetição de exercícios. O novo aluno, este do século XXI, quer usar seu conhecimento, aplicá-lo e criar relações sobre o que estudou com o contexto no qual está inserido. A robótica, a lógica de programação e algoritmos e, os protótipos criados a partir dessa disciplina, insere o aluno no centro de sua própria formação e possibilita que ele monte estruturas variadas de conhecimento de forma prazerosa e criativa.

Arduino – Guia para colocar suas ideias em prática

Inovar não é necessariamente inventar, e inventar também não é necessariamente inovar. Inventar é um ato de convivência com o problema, muita imaginação e criatividade. Bons inventores dedicam-se em, principalmente, ouvir e observar o mundo e seus problemas. Hoje, é comum a figura do funcionário que passa dias observando o trabalho de outros funcionários, como lidam com as ferramentas (tecnologias) e com os demais colegas para tentar encontrar (inventar) algum método ou ferramenta que melhore e facilite o trabalho. Já inovação é a concepção de um novo produto ou processo, bem como a agregação de novas funcionalidades que impliquem em melhorias incrementais ao que já existe. Melhorias estas que podem ser no ganho da qualidade, produtividade, usabilidade, longevidade ou competitividade. A inovação começa na invenção. Neste livro, Fernando Frizzarin tem como objetivo servir como referência para o uso do Arduino de forma a ajudar o leitor a entender todas as suas possibilidades, com experiências que possam ser interconectadas, combinadas, modificadas e aprimoradas para que a necessidade seja suprida. Ou seja, dar subsídios para que o leitor possa, a partir de pequenas montagens e códigos-fontes simples, liberar toda sua criatividade e, assim, inventar e inovar.

 
FERNANDO BRYAN FRIZZARIN

Fernando Bryan Frizzarin, formado em Ciência da Computação no ano 2000 pela Universidade Metodista de Piracicaba, especialista em Redes de Computadores pela Universidade Federal de São Carlos em 2003, formou-se Psicopedagogo em 2008 pela Universidade Salesiana e especializou-se em Informática Aplicada a Educação pela UNICAMP também em 2008, é MBA em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Universidade Anhanguera desde 2013. Trabalha como Chefe da Seção de Informática no Departamento de Água e Esgoto de Americana desde 2002, é professor do ensino técnico do COTIL desde 2004 e professor especialista na Faculdade integrada Einstein de Limeira desde 2014, tendo lecionado como especialista na Faculdade Anhanguera de Limeira por 6 anos, de 2008 até 2014.

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO INTEGRADA

O Núcleo de Educação Integrada é fruto dos mais de 20 anos de experiência da Fundação Romi na área de Educação. Uma escola de Ensino Fundamental II cujo sistema de ensino, próprio e inovador, faz do aluno agente ativo de sua própria formação. A proposta pedagógica abrange o currículo oficial do Ministério da Educação além de diversas áreas do conhecimento que, através da interdisciplinaridade e desafios, desenvolvem a autonomia e a capacidade de socialização de seus alunos. Av. Monte Castelo, 1095, Jd. Primavera – Santa Bárbara d’Oeste, SP. (19) 3499-1555. www.fundacaoromi.org.br/nei. www.educacaoquetransforma.org.br

FUNDAÇÃO ROMI

Criada em 1957, em Santa Bárbara d’Oeste, pelo casal Américo Emílio Romi e Olímpia Gelli Romi, a Fundação Romi tem como missão promover o desenvolvimento social e humano através da educação e cultura. Pioneira na promoção da comunidade regional e na realização de ações sociais, atende mais de 30 mil pessoas por ano por meio de seus quatro grandes eixos: o Centro de Vivências do Desenvolvimento Infantil (CEDIN), o Núcleo de Educação Integrada (NEI), Centro de Documentação Histórica (CEDOC) e a Estação Cultural (EC). Tendo como apoiadora a Indústrias Romi S.A., instituições governamentais e não governamentais e demais parceiros da iniciativa privada, a Fundação Romi objetiva, continuamente, atingir maior número de beneficiários por meio de suas áreas de atuação, seus programas e projetos. Av. Monte Castelo, 1095, Jd. Primavera – Santa Bárbara d’Oeste, SP. (19) 3499-1555. www.fundacaoromi.org.br.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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