16 de abril de 2024

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10 coisas que toda mulher precisa saber sobre sua saúde íntima

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Neste 30 de Outubro é comemorado o Dia do Ginecologista e para homenagear todas as profissionais que cuidam da saúde da mulher, a healthtech Alice perguntou para a Dra Lisandra Stein, ginecologista da Comunidade de Saúde da Alice, quais são as questões mais importantes que todas as mulheres deveriam fazer aos seus médicos, mas nem sempre fazem- seja por vergonha, tabu, falta de conhecimento. As respostas ajudam as mulheres a se conhecer mais e ter uma melhor saúde íntima.

 

1.    Cistos de ovário podem ser normais?

 

Todo mês durante o ciclo menstrual os hormônios da mulher fazem com que o ovário produza pequenos cistos e, com o estímulo hormonal, um desses cistos irá crescer e se tornar o cisto dominante (cisto a partir do qual o óvulo irá ser liberado). Dessa forma é normal e comum que a mulher tenha cistos no ovário. Exames como ultrassom podem diferenciar esses cistos ovulatórios de outros cistos  mais complexos que podem precisar de algum tipo de seguimento específico.

 

2.            Masturbação pode romper o hímen?

 

É muito pouco provável que a masturbação rompa o hímen, pois o hímen é uma membrana que fica na entrada da vagina e que tem um orifício (por onde passa a menstruação), e a inserção do dedo ou absorvente interno não tem forte potencial de romper a membrana. Importante lembrarmos que apesar de o Hímen ser um dos símbolos da virgindade muito usado em nossa cultura até há algumas décadas, ter o hímen intacto não é sinônimo ser virgem (existem diversas formas de sexo que não incluem penetração) e não ter não é sinônimo de não o ser (algumas mulheres podem não ter essa membrana desde o nascimento, ou a ter com orifício maior). Importante que a mulher conheça seu corpo e entenda quais as possibilidades em relação ao seu prazer.

 

3.            Como sei que o cheiro lá de baixo está normal? Preciso lavar dentro da vagina? Devo usar sabonete íntimo ou algo diferente?

 

A vagina da mulher tem o PH ácido variando de 3,8 a 4,2. Esse Ph é gerado pela presença de bactérias (lactobacilos) que permanecem em equilíbrio na vagina. O uso de sabonete íntimo dentro da vagina pode alterar o pH e fazer com que haja predisposição a infecções. Dessa forma, não é indicado o uso de sabonete íntimo na parte interna (vagina). Já na parte externa (na vulva – pequenos e grandes lábios) pode ser usado em qualquer tipo de sabonete tanto sabonete íntimo quanto sabonete normal para a limpeza do dia a dia. Apesar de sabermos que não é o mais indicado muitas mulheres se sentem bem usando o sabonete íntimo no interior da vagina. Nesse caso deve-se atentar para a presença de irritações, alteração do odor, ou presença de secreção alterada de cor alterada que podem indicar infecções. Outro ponto a ser salientado é que o uso do sabonete íntimo após as relações não previne a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis. Para a prevenção de infeções sexualmente transmissíveis deve-se usar o preservativo, masculino ou feminino.

 

4.            É normal sair secreção na calcinha?

É normal sair uma secreção clara, sem odor, e que não causar nenhum tipo de irritação ou coceira. Toda mulher tem uma secreção chamada de fisiológica, que é transparente/ levemente esbranquiçada, sem odor, e não causa nenhum tipo de coceira ou irritação. É importante lembrarmos que a secreção vaginal mudar ao longo do ciclo Menstrual. A secreção é mais fluida na primeira metade do ciclo (entre o fim da menstruação e 14 dias após o início da menstruação) tornando-se um pouco mais espessa após o 14º dia do ciclo. A mulher pode prestar atenção no ciclo e perceber essas variações, que são normais e fazem parte do ciclo menstrual. Deve haver preocupação e consulta com o time de saúde caso a mulher identifique mudanças na secreção em relação a cor (secreção amarelada ou esverdeada) ou ao odor (odor forte).

 

5.            Mulher virgem pode usar tampão?

 

Sim, mulher virgem pode usar tampão (absorvente interno). Na mulher virgem o Hímen (uma membrana que fica a poucos centímetros da entrada da vagina) ainda não foi “rompido”. O Hímen é uma fina membrana que fica próxima à entrada da vagina e que tem um orifício que permite a passagem da menstruação. Quando a mulher usa o tampão ela insere o tampão por essa passagem, não havendo rompimento do Hímen. Como é muito importante que a mulher conheça seu corpo e saiba como colocar o tampão de forma adequada é sempre recomendado que ela passe por uma consulta com ginecologista, para conhecer anatomia de sua vagina e ter orientações de como colocar e retirar o tampão, bem como do melhor tamanho de tampão a ser usado.

 

6.            O que é atraso menstrual?

 

O número de dias de um ciclo menstrual (dias que contados entre o primeiro dia da menstruação de um mês e o último dia antes da menstruação do mês seguinte) varia de acordo com cada mulher. Dura entre 21 em 35 dias, sendo que a média das mulheres tem o ciclo menstrual de 28 dias. Atraso menstrual é quando a menstruação não desce no dia esperado. O atraso menstrual nem sempre significa algo alterado, pode ocorrer em mulheres que tem alteração pontual no período da ovulação (estresse pode influenciar), e também pode ser um sinal de que a mulher está grávida. Sempre que não ocorrer menstruação em uma mulher com ciclos regulares é importante consultar o time de saúde. Outro ponto importante é a mulher conhecer seu ciclo, e conhecer as mudanças no corpo de acordo com as fases do ciclo.

 

7.            Como a pílula funciona e ela funciona na pausa?   

 

Durante o ciclo menstrual existem variações nos níveis hormonais da mulher que estimulam a produção de grande quantidade de dois hormônios secretados pela hipófise (LH “hormônio luteinizante) e FSH (hormônio estimulante do folículo)) gerando um pico desses hormônios. O pico na secreção desses hormônios irá causar o fenômeno da ovulação. A pílula tem comprimidos com uma quantidade padronizada de hormônios estrogênios e progestagênios que tem o potencial de inibir o fenômeno do pico hormonal que irá causar a ovulação. Dessa forma mulheres usando pílula não ovulam. O funcionamento da pílula depende do tipo de hormônio que ela tem e da quantidade de hormônios. Existem pílulas de uso contínuo em outras que necessitam de pausa. Quando a pílula não é continua, deve se fazer uma pausa conforme orientação do seu time de saúde. No caso de pausa necessária a pílula funciona mesmo na pausa, pois não ocorre a ovulação em nenhum momento do ciclo.

 

8.            Sexo oral numa mulher pode passar DST? Tem um jeito de se proteger?

 

Ao contrário do que muitos acreditam, o sexo oral também pode transmitir infecções. Para que haja transmissão de infecções é necessário que mucosas (da boca, da vagina ou do pênis) entrem em contato. Durante o sexo oral a mucosa da boca entre em contato com a mucosa da vagina e do pênis, o que pode facilitar a contaminação com infecções sexualmente transmissíveis. Dentre as principais infecções que podem ser transmitidas dessa forma estão o HPV (causa verrugas nos órgãos genitais e boca), gonorreia (causa um tipo de corrimento), herpes (causa pequenas “bolhas” e ardor) e sífilis. Para evitar a transmissão, o sexo oral deve ser protegido por camisinha masculina ou feminina, que protegem a área genital e a boca do parceiro/parceira. Outro ponto importante é a pessoa olhar os órgãos genitais do parceiro/ parceira quando for fazer sexo oral. Algumas infecções, como HPV, podem ter manifestações visíveis, como a presença de verrugas. A ausência de lesões não exclui as infecções, mas sua presença já pode confirmar.

 

9.            Como saber se a mulher alcançou o orgasmo?

 

Não existe uma reação que seja igual para todas as mulheres no momento do orgasmo. O orgasmo pode ser de uma reação muito intensa, uma reação mais leve percorrendo todo corpo, e varia de pessoa para pessoa. Algumas dicas do que acontece com corpo podem levar a mulher a perceber se está perto ou teve orgasmo: pode haver contração contração da vagina e útero; algumas mulheres podem sentir uma leve cólica e a vagina ficar mais lubrificada (sensação de que o pênis entre sai com mais facilidade se estiver fazendo sexo com penetração) ; o mamilo fica endurecido; pode haver contração do corpo como um todo. Em geral é uma sensação intensa que dura alguns segundos, ficando uma sensação agradável após, mas não existe uma regra. O melhor jeito de a mulher saber se chegou ao orgasmo é conhecer seu corpo. Para isso um dos caminhos saudáveis é a masturbação. A masturbação permite à mulher saber o que lhe dá prazer, além de conhecer qual a sua sensação quando está chegando perto do orgasmo e quando tem orgasmo.

 

 

10.         É verdade que existe um ponto G na mulher? Onde fica?  

 

A existência do ponto G como estrutura anatômica (um ponto específico onde encontram-se terminações nervosas capazes de levar a mulher ao orgasmo vaginal) é algo controverso, sendo que alguns pesquisadores acreditam na sua existência e outros não. Fato é que algumas mulheres tem relato de orgasmos mais intensos quando estimulado a parede anterior da vagina, sendo que para outras essa região não é particularmente interessante como ponto de estímulo. Independente disso é importante que a mulher conheça seu corpo, e os pontos que lhe dão prazer. Testar a estimulação de diferentes pontos, incluindo da região do ponto G (localizada na parte anterior da vagina a 2-3 cm de sua entrada) vai permitir à mulher conhecer os diferentes pontos que lhe dão prazer, e conhecer seu corpo. Isso pode ser feito em conjunto com seu parceiro ou parceira, e também durante a masturbação.

 
Quem é Lisandra Stein?

Ginecologista da Comunidade de Saúde da Alice e  Professora Livre Docente pela Universidade de São Paulo (2017). Realizou graduação, mestrado e doutorado nessa mesma instituição. Realizou residência médica em Obstetrícia e Ginecologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (2003-2006). É especialista em Medicina Fetal pela Université Paris V (2007) e especialista em Ultrassonografia pela Universidade Paris XI (2008). Coordenou o Setor de Medicina Fetal da Disciplina de Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo até 2019, tendo criado e Coordenado o Grupo de Cirurgia Fetal e o Grupo de Atendimento Integral à Gestante de Fetos com Malformação (GAI) deste mesmo serviço. Coordena o Centro de Medicina Fetal e Cirurgia Fetal do Hospital SEPACO. É Orientadora do Programa de Pós-Graduação em Obstetrícia de Ginecologia da Universidade de São Paulo e professora da Faculdade de Medicina do Hospital Israelita Albert Einstein.

Quem é Alice?

 

Alice é uma healthtech, com sede em São Paulo, lançada em junho de 2020 com a proposta de tornar as pessoas mais saudáveis (e, com isso, o mundo mais saudável). E, para tanto, lançaram um produto inédito: um plano de saúde para quando você precisar e um Time de Saúde para usar todos os dias.

 

Ao se tornar membro Alice, você ganha um Time de Saúde que vai te acompanhar sempre. Esse time é formado por médicas(os), enfermeiras(os), nutricionista e preparador físico. Juntos, vocês traçam um plano de ação para atingir suas metas de saúde. Vale correr os primeiros 5k ou mesmo conseguir dormir melhor. O importante é cuidar da saúde muito antes de qualquer doença.

 

Porque acreditamos nisso 

Alice foi construída em torno da ideia de saúde como deve ser, e a principal forma de entregar um atendimento de saúde personalizado, todos os dias, foi por meio de um plano de saúde individual somado ao Time de Saúde, que o membro pode acessar pelo app ou presencialmente na Casa Alice.

Registrada como operadora na Agência Nacional de Saúde (ANS), a Alice está construindo, por meio de tecnologia, uma rede integrada de saúde. Inspirada no modelo de saúde de atenção primária, a healthtech está integrada a hospitais, laboratórios e médicos especialistas, o que possibilita a coordenação de cuidado dos membros ao longo de todo ecossistema, com todos os dados de saúde das pessoas concentrados em um só lugar, o app Alice.

“Sempre que uma nova pessoa se junta à Alice, ela agenda sua imersão e nos conta quais são seus objetivos de saúde, estabelecendo um plano de ação, que será monitorado por seu próprio Time de Saúde”, explica André Florence, cofundador e CEO da Alice.

 

O produto da Alice é personalizado, beneficiando-se do vínculo entre as pessoas e seus Times de Saúde. “A maioria dos planos é construída pensando no uso apenas quando as pessoas ficam doentes. Nós queremos que Alice seja usada frequentemente. Quanto mais as pessoas interagem conosco, mais saudáveis serão, e melhor será o nosso serviço”, afirma Guilherme Azevedo, cofundador da Alice.

A tecnologia está presente desde o design da Alice, contribuindo para integrar e coordenar todo o sistema: hospitais, médicos e o Time de Saúde. O histórico das pessoas, consultas, agendamentos, resultados de exames, fica disponibilizado a qualquer momento pelo app.Esse modelo muda a ideia de que você precisa contar seu histórico toda vez que visita um novo médico.

Alice busca redefinir a relação entre as pessoas e os profissionais de saúde, garantindo que todos os esforços sejam voltados para tornar membros mais saudáveis. “O sistema de saúde brasileiro foi construído em torno de um modelo de reembolso fee-for-service, que não premia atendimentos pró-ativos, coordenados e orientados para a prevenção. Nossa comunidade de saúde é baseada em uma proposta de fee-for-value, focada em resultado, integrando parceiros e ajudando as pessoas a acompanharem o progresso da própria saúde”, diz Matheus Moraes, cofundador da Alice.

 

Para saber mais ou baixar o app, clique aqui.

Com cerca de 90 pessoas – e previsão de chegar a 110 até o final do ano – Alice possui um time forte e multidisciplinar, cuja espinha dorsal está centrada nos profissionais de saúde e tecnologia.

Dentro dele está o Time de Saúde, que inclui médicas(os), enfermeiras(os), preparador físico e nutricionistas, além de um time internacional de consultores com membros da Universidade de Harvard.

 

 

Site: www.alice.com.br

Instagram: @deve.ser.alice

Linkedin: Alice

Facebook: deve ser alice

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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