29 de março de 2024

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Tríade da Mulher Atleta – como prevenir e tratar

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Mulheres que praticam atividades vigorosas em excesso, sejam atletas profissionais ou amadoras, correm o risco de desenvolver a Tríade da Mulher Atleta. Isso porque o organismo precisa de energia suficiente para o funcionamento adequado de todo metabolismo, no repouso e no esporte. Porém, quando ocorre um desequilíbrio entre o que se gasta nos exercícios e na consumida por meio da alimentação, surge a Tríade da Mulher Atleta. Se existe falta de energia para o funcionamento do corpo, a quantidade da comida que consome é baixa, a mulher deixa de metabolizar e produzir hormônios essenciais para a manutenção da massa óssea, o que pode levar à osteoporose, mesmo nas mais jovens.

Nestes casos, as fraturas por estresse passam a ser mais frequentes e a queda na performance esportiva é quase que inevitável. “Quando a mulher come menos, faz dietas rigorosas e gasta mais energia em puxadas atividades físicas desencadeia o desequilíbrio, que pode levar a osteopenia e, mais tarde, a osteoporose mesmo em garotas de 20 anos. Em algumas situações, o dano pode ser permanente”, explica a doutora Karina Hatano, médica do exercício e do esporte e especialista no assunto.

Hatano alerta para alguns importantes sinais de que algo está errado como perda de peso, atrasos da menstruação, queda no desempenho, maior cansaço no dia a dia, fraqueza muscular, fratura por estresse, desânimo e depressão.

O tratamento consiste em fornecer mais energia, ajustar a carga de treinamentos e indicar uma alimentação mais equilibrada. “Para evitar a Tríade da Mulher Atleta é fundamental ainda nunca jejuar antes dos exercícios, ficar bem longe das chamadas dietas milagrosas de verão e sempre contar com acompanhamento médico”, finaliza Karina.

 

Sobre a Dra. Karina Hatano

Karina Hatano é médica do exercício e do esporte, mestre em Medicina Esportiva pela Universidade Federal de São Paulo, onde também realizou a Residência Médica em Medicina do Esporte, além de acumular especialização em fisiologia do exercício e nutrologia. Preceptora da Medicina Esportiva da Universidade Federal de São Paulo e professora da Liga de medicina esportiva da UNIFESP, também é responsável pela saúde de atletas de alta performance de diversas modalidades esportivas, como da seleção brasileira de natação e das confederações brasileiras de beisebol e softbol.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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