29 de março de 2024

SB24HORAS

Notícias na hora certa!

Transporte coletivo de Americana é debatido em audiência pública na Câmara

Compartilhe essa notícia!

A Câmara Municipal de Americana realizou na segunda-feira (22), no Plenário Dr. Antônio Álvares Lobo, audiência pública para debater a situação do transporte coletivo de Americana. A realização audiência foi solicitada pelo vereador Moacir Romero (PT), através de requerimento aprovado na Casa.

 

Participaram os vereadores Davi Ramos (PC do B), Joãozinho do Quiosque (PRP), Luiz da Rodaben (PP), Moacir Romero e Odair Dias (PV), o subsecretário municipal de Transportes, João Batista Biagioni, o sócio-diretor da Viação Princesa Tecelã, Gustavo Costa Pereira e o representante da Viação Cidade de Americana, Dr. André Nardini Roland, além de profissionais ligados ao setor e população interessada no tema.

 

O vereador Moacir Romero deu início aos trabalhos relatando os motivos da realização da audiência. “Esse debate começou durante a sessão da Câmara, mas devido à necessidade de deliberar as proposituras, não houve tempo hábil para aprofundarmos os questionamentos às empresas. É por isso que esta audiência pública é o espaço mais adequado, inclusive permitindo a participação da população”, destacou.

 

Durante a audiência, os vereadores e a população apresentaram questionamentos às empresas concessionárias do transporte coletivo municipal relativos a número de viagens, quilômetros rodados, índice de passageiros por quilômetro (IPK) e ausência de cobradores em diversas linhas nos finais de semana, entre outros itens.

 

De acordo com o subsecretário municipal de Transportes, diversos fatores colaboraram para a queda na qualidade do transporte público municipal, como o IPK baixo, com redução do número de passageiros de 1,3 milhão por mês no início da concessão para 800 mil por mês atualmente, o que faz com que diversas linhas gerem prejuízo para as empresas.

 

“O que podemos fazer para melhorar o transporte? Uma sugestão são os micro-ônibus, com a garantia de que os cobradores não perderão seus empregos. O transporte coletivo está bom? Não. A qualidade precisa melhorar muito. Mas um transporte coletivo bom, que funcione, é do interesse de todos, pois assim teremos um trânsito melhor, com menos veículos na cidade, e uma população bem atendida”, disse Biagioni.

 

O vereador Davi Ramos citou a questão dos abrigos dos pontos de ônibus, já que muitos estão quebrados ou mesmo foram retirados. “Os abrigos são feitos com materiais fracos, que demandam manutenção constante. Nesse ponto falta criatividade das empresas, pois a lei permite a exploração de publicidade. Por que não aumentar os recursos com publicidade e investir em abrigos melhores?”, questionou.

 

O vereador Luiz da Rodaben, por sua vez, lembrou a disputa existente entre as empresas e a prefeitura pelo aumento da tarifa. “Infelizmente, a população continua pagando o preço dessa queda de braço entre o Poder Executivo e as empresas”, lamentou.

 

“Todos, seja empresas concessionárias, administração e população usuária do sistema de transporte, têm suas obrigações e seus direitos. É preciso chegar em um denominador comum”, destacou o vereador Odair Dias.

 

Os representantes das empresas concessionárias apresentaram suas justificativas e defenderam o diálogo para a melhoria do transporte público. “Dos abrigos faltantes, temos diversos que foram retirados para manutenção. O interesse por um transporte de qualidade também é nosso, mas as empresas vêm enfrentando uma série de dificuldades”, avaliou Dr. André Nardini Roland, da VCA.

 

“Temos que discutir esse compromisso. A Administração está interessada em melhorar, e a Câmara, ao conduzir esta audiência pública, mostra que também quer participar dessa discussão. Este é o momento de fazer um transporte coletivo melhor para todos”, opinou Gustavo Costa Pereira, da VPT.

 

Ao final da audiência, o vereador Moacir Romero, autor do requerimento, disse estar contente com o resultado da discussão. “Se a solução for implantar linhas tronco e micro-ônibus, por que não? O que não pode é quem paga arcar com o prejuízo de um serviço mal prestado. Este encontro permitiu um debate de qualidade, na esperança que dê resultados concretos”, concluiu.

 

Assessoria de imprensa

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
Compartilhe essa notícia!