28 de março de 2024

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Testes e dinâmicas: como devo me comportar?

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Especialista da IBE-FGV fala sobre os novos processos de recrutamento, seleção online, e dá dicas para potencializar as chances de contratação durante a entrevista

 

Com os inúmeros recursos tecnológicos e o crescimento das mídias e redes sociais, a busca por uma vaga de emprego deixou de ser apenas a entrega do currículo. Participar de um processo de recrutamento e seleção envolve diversas questões. Testes modernos e bem elaborados, pré-seleção online, entrevistas em outras línguas, por videoconferência e utilização de outros recursos disponíveis no mundo digital são alguns exemplos de variáveis que impactam no resultado final de um processo seletivo e que se tornaram comuns na escolha de um candidato.

 

“A tecnologia vem sendo utilizada para acelerar processos e não é diferente com o recrutamento e seleção. Ter flexibilidade para fazer uma entrevista via Skype, com pessoas de outros países, em um restaurante de comidas típicas, à noite ou de madrugada, é uma das competências que o candidato deve ter”, ressalta o professor da IBE-FGV especialista em RH, Gestão de Pessoas, Liderança e Coaching Executivo, Vagner Sandoval.

 

Ser flexível potencializa as chances do candidato e a característica deve ser demonstrada durante o processo. “E se você recebesse uma ligação do setor de RH de uma empresa dizendo que a entrevista será realizada às 3h da manhã, via Skype, com o diretor geral que está em viagem pela China. Qual seria a sua reação? Tempo é dinheiro e um recurso cada vez mais escasso”, destaca o professor.

 

Segundo o especialista, muitos candidatos supervalorizam as próprias competências no momento da entrevista, seja ela presencial ou via internet. Quando são contratados e colocados em situações que exigem a utilização de tais competências, esses colaboradores apresentam resultados desastrosos. “Seja você mesmo! Não venda competências que você não possui ou resultados que não foram alcançados. Não crie uma expectativa que você não consegue cumprir, pois isto fatalmente irá se transformar em decepção, ou melhor, em demissão”, alerta.

 

O acerto das respostas em testes e dinâmicas também assombra os candidatos. A dica do professor é que o entrevistado não tente descobrir a resposta ideal/perfeita que a empresa deseja. “É normal ver candidatos que pensam demasiadamente antes de responder as perguntas do recrutador, mas não existe a resposta certa! Todo processo de seleção é planejado para descobrir a pessoa certa para a vaga em questão. As respostas devem ser verdadeiras e transparentes”, diz o coaching.

 

Distorcer uma resposta ou fingir algum comportamento são reações inaceitáveis durante o processo. O comportamento pode até gerar um resultado imediato e maravilhoso – a contratação, mas desastroso a curto ou médio prazo, a demissão. “A autenticidade deve ser preservada neste momento. É melhor perder uma oportunidade do que perder a credibilidade e manchar a sua imagem perante a companhia”, reitera o especialista da IBE-FGV.

 

“Saber falar é uma arte”, ressalta Sandoval. Segundo ele, muitos candidatos acreditam que quanto mais falar melhor, pois assim estarão se expondo mais e serão melhor avaliados. “É verdade que durante a dinâmica não devemos ficar calados o tempo todo, porém falar em excesso pode demonstrar que o candidato tem dificuldade de ouvir os outros. Isso não irá contribuir para a sinergia e para o entrosamento da equipe. Lembre-se que quantidade não é qualidade, e que em muitos momentos, menos é mais”, finaliza.

 

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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