16 de abril de 2024

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Tecnólogos das Fatecs podem contribuir para a melhora da mobilidade em centros urbanos

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Transporte Terrestre é um dos cursos que formam profissionais para ajudar a diminuir dificuldades de locomoção em regiões metropolitanas

A mobilidade é um dos grandes problemas enfrentados pelas populações das áreas urbanas, tais como a Capital paulista e seu entorno. Com aproximadamente 21,2 milhões de habitantes, a Região Metropolitana de São Paulo está entre as mais populosas do mundo e apresenta grande complexidade quando o assunto é a locomoção, seja por meio de transporte individual ou coletivo.

Foi justamente pensando na região, que o professor do curso superior tecnológico de Transporte Terrestre das Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) Barueri e Tatuapé, Ricardo Barbosa da Silva, sistematizou o conceito de mobilidade precária. Geógrafo formado pela Universidade de São Paulo (USP), o educador se dedicou ao estudo do tema desde a graduação até o pós-doutorado na Universidade Autônoma de Barcelona.

De acordo com o professor, as dificuldades relativas à mobilidade na região, apesar de se agravarem a partir da década de 1990, já são detectadas desde os anos de 1930. É uma soma de fatores na qual se destacam o aumento da população nas periferias e a maior quantidade de carros nas ruas.

“Na primeira metade do século 20, já era possível perceber a construção e o remodelamento das vias expressas radiais do centro para a periferia, associado à ampliação da especulação imobiliária”, explica Silva. Padrão de desenvolvimento que se consolida definitivamente na década de 1960, com o estabelecimento das indústrias transnacionais automobilísticas na região. “Esse modelo vai se ampliar nos primeiros anos da década de 1990, com uma nova escala da expansão periférica metropolitana e a popularização do transporte individual privado.”

 

Produção de conhecimento

Para desenvolver pesquisas colaborativas entre professores e estudantes da Fatec Tatuapé que impactem positivamente na melhora da qualidade de vida nos centros urbanos, surgiu no final de 2016 o Núcleo de Pesquisas Cidades Sustentáveis (Nupecids).

O objetivo da iniciativa é unir conhecimentos dos três cursos presenciais da unidade – Construção de Edifícios, Controle de Obras e Transporte Terrestre. “A sustentabilidade é um conceito comum a todos os nossos cursos. Pretendemos, além de dar ainda mais subsídios para que nossos tecnólogos se destaquem no mercado de trabalho, enriquecer a prática em pesquisa e, principalmente, aplicar esse conhecimento em benefício da sociedade”, diz Silva.

 

Tecnólogos e mobilidade

Transporte Terrestre é um dos cursos que podem formar profissionais para ajudar a diminuir as dificuldades de mobilidade nas áreas de grande densidade demográfica. Com foco na infraestrutura de transporte, o tecnólogo é capaz de compreender projetos e planos de mobilidade, considerando a realidade de cada cidade em particular, minimizando impactos ambientais e podendo proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas.

De acordo com Ricardo Barbosa da Silva, “aparentemente, a sociedade começa a entender que precisa de profissionais qualificados para ocupar funções estratégicas em órgão públicos e privados, com embasamento técnico e científico para gerar soluções para problemas de transporte e mobilidade”.

No entanto, devido à complexidade do problema e das regiões onde se apresenta com mais gravidade, é fundamental que a mobilidade urbana seja tratada de forma transdisciplinar, acredita Silva. “Outros cursos das Fatecs podem auxiliar direta ou diretamente nas soluções para a mobilidade urbana. Posso destacar Construção Civil – Movimento de Terra e Pavimentação e Logística”.

O Guia das profissões tecnológicas disponibiliza mais detalhes sobre os cursos oferecidos pelas Fatecs. No site do Vestibular, é possível conferir as vagas oferecidas em cada unidade no segundo semestre de 2017.

 

Detalhe do Laboratório de Sinalização Ferroviária do curso de Transporte Terrestre da Fatec Tatuapé

 

 

Sobre o Centro Paula Souza – Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, o Centro Paula Souza administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos técnicos, sob a supervisão de uma Etec –, em mais de 300 municípios paulistas. Nas Etecs, o número de matriculados nos Ensinos Médio, Técnico integrado ao Médio e no Ensino Técnico, para os setores Industrial, Agropecuário e de Serviços, ultrapassa 211 mil estudantes. As Fatecs atendem mais de 80 mil alunos nos cursos de graduação tecnológica.

 

Assessoria de Comunicação do Centro Paula Souza

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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