28 de março de 2024

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Secretaria de Saúde se mobiliza para atender casos de dengue

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A secretária de Saúde de Americana, Mirella Povinelli, reuniu a imprensa na tarde de ontem (14), quando prestou informações sobre a dengue na cidade, e enfatizou que no ano passado o número de casos positivos era 600% maior. “Apesar de estarmos em situação de epidemia, a avaliação que fazemos até o momento é positiva”, declarou.

Até a semana passada, Americana contava com 363 casos confirmados da doença. A partir desta semana, sob orientação da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo), a cidade não realiza mais a sorologia. Agora, o diagnóstico se dá por critérios clínico-epidemiológicos, ou seja, todo paciente que der entrada no serviço de saúde com sintomas da doença será considerado caso positivo. Essa determinação é adotada pela Sucen sempre que qualquer município registre 150 casos por 100 mil habitantes.

Assim, com essa nova contagem Americana possui 821 casos positivos (363 confirmados por exame laboratorial e 458 por critérios clínico-epidemiológicos). Os bairros com maior número de casos são Cidade Jardim e Parque Novo Mundo. Os subtipos de vírus encontrados em Americana são o 1 e o 4, os mesmos registrados no ano passado.

Os números são bem menores do que no ano passado. De janeiro a março de 2014, foram registrados 3.532 casos positivos de dengue em Americana. No final de abril, já havia 6.766 casos positivos.

Milena Rossler Guimarães, da coordenação de campo do Programa de Combate à Dengue, afirmou que as principais ações do grupo estão voltadas para ações educativas e para o bloqueio de criadouros nos bairros que apresentam casos positivos da doença.

Com o objetivo de transformar o aluno em agente multiplicador, um trabalho de conscientização está em andamento nas escolas da cidade. As 15 escolas estaduais que abrem nos finais de semana com o Projeto Escola da Família serão visitadas pelos agentes de saúde. A partir do dia 18, serão visitadas duas escolas a cada sábado, começando pela Professora Dilecta Ceneviva Martinelli, na Cidade Jardim, e pela Sebastiana Paie Rodella, no Parque da Liberdade. “A responsabilidade é de todos. Não basta ter o conhecimento, temos que mudar hábitos e agir. Se todos reservarem 15 minutos na semana para organizar o quintal de casa, teremos resultados concretos”, concluiu.

Donizete Borges, da Vigilância Sanitária, lembrou que 95% dos criadouros de aedes aegypti são encontrados nas residências. “Precisamos da ajuda da população. Americana possui cerca de 70 mil imóveis. Este ano, já realizamos 50 mil visitas. No ano passado, foram 350 mil. Todo mundo sabe o que fazer. É só tomar uma atitude e eliminar os criadouros de dentro de casa”.

Outra questão lembrada durante a entrevista é que a população dá muita ênfase ao chamado fumacê. “A própria Sucen entende que a nebulização tem um efeito mínimo no combate à doença. O veneno mata apenas o mosquito adulto, mas não as larvas. O mais importante é a eliminação dos criadouros”, finalizou Borges.

Rosângela Fonseca, da Unidade de Atenção Básica, esclareceu que desde a semana passada todas as 23 unidades básicas de saúde estão preparadas para receber pacientes com sintomas da dengue. Já no acolhimento, uma enfermeira faz classificação de risco e apenas os casos considerados mais graves são encaminhados ao Hospital Municipal. Os que não apresentam sinais de alarme são acompanhados pela própria unidade, com coleta de sangue para realização de hemograma e recomendações de repouso e hidratação. “Além disso, colocamos uma funcionária da Atenção Básica no Hospital Municipal para que encaminhe os casos menos graves para as unidades. Dessa maneira, pretendemos desafogar a alta demanda do hospital”.

“A população deve ficar atenta. Sempre que alguém apresentar febre alta (acima de 38º), dores de cabeça, abdominais e pelo corpo deve procurar o serviço de saúde. Alguns pacientes podem apresentar quadro de vômito. Se houver algum sintoma respiratório, como coriza, por exemplo, não é dengue”, esclareceu doutora Mirella Povinelli.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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