A 7ª Reunião Extraordinária de 2015, na qual seriam apreciadas as contas do Município relativas ao exercício 2005, durante a administração do ex-prefeito José Maria de Araújo Júnior (PSDB), foi encerrada por falta de quórum logo após sua abertura. Prevista para ter início às 9 horas, a reunião foi aberta pelo presidente Câmara barbarense, Edison Carlos Bortolucci Júnior, o Juca (PSDB), às 9h35, quando apenas seis parlamentares estavam presentes no Plenário Dr. Tancredo Neves. Para que a reunião fosse realizada, seria necessária a presença de 10 vereadores.
No momento em que a reunião foi aberta e encerrada, permaneciam no Plenário os seguintes vereadores: Ademir da Silva (PT), Antonio Pereira (PT), Emerson Luis Grippe – o Bebeto (SD), José Luis Fornasari – o Joi (SD), Juca Bortolucci e Valmir Alcântara de Oliveira – o Careca do Esporte (PROS).
De acordo com Juca, em reunião fora do Plenário, alguns parlamentares deliberaram por não participar da sessão desta sexta-feira, adiando a votação das contas para 2016. Segundo o presidente da Câmara, a provável causa do adiamento seria a falta de votos necessários para derrubar o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o qual reprovou as contas de 2005, apontando irregularidades nas aplicações de verbas da educação e no pagamento de precatórios naquele exercício. Conforme o Regimento Interno da Câmara, seriam necessários dois terços dos membros do Legislativo para rejeitar esse parecer, o equivalente a 13 votos.
Para a advogada do ex-prefeito Zé Maria, Evelise Bignotto, a ausência dos parlamentares teria ocorrido para que as contas não fossem aprovadas hoje, por haver um entendimento entre os parlamentares que, com a aprovação dessas contas, o ex-prefeito estaria mais apto a disputar as eleições e que a eventual rejeição o atrapalharia no próximo ano. “Infelizmente, as coisas estão adiantadas demais e estão se misturando. Uma coisa é eleição, outra coisa e prestação de contas. Não deveríamos interferir e julgar uma conta de um ex-prefeito pensando se ele vai ser candidato ou não”, afirmou, ressaltando que a defesa já aguarda há algum tempo a votação dessas contas.
Em entrevista concedida à imprensa regional logo após o encerramento da sessão, Juca afirmou que pretende colocar novamente essas contas em votação no início de 2016. Ele também destacou que, logo após a votação das contas de 2005, deve dar andamento à apreciação das contas de dois exercícios financeiros da administração do ex-prefeito Mário Heins.
Assessoria de imprensa