28 de março de 2024

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Proteínas reconhecem e ajudam a eliminar leishmania

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Estudo na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP identificou proteínas que contribuem para a eliminação da leishmania, protozoário parasita responsável pela leishmaniose. O trabalho do biólogo Djalma de Souza Lima Júnior possibilitará o desenvolvimento de novos tratamentos contra a doença. A tese recebeu o Prêmio Capes de Tese 2014 na área de Ciências Biológicas III, que será entregue no dia 10 de dezembro, em Brasília.

Segundo o cientista, durante a infecção ocorre a ativação da enzima caspase-1, produção da proteína IL-1? e óxido nítrico nas células infectadas. “A partir de experimentos com células de camundongos e animais vivos observamos que esse processo foi importante para a eliminação da Leishmania tanto nos macrófagos quanto nos animais vivos e contribuiu diretamente para a resistência contra a infecção”.Os protozoários do gênero Leishmania são capazes de se replicar no interior das células de defesa do organismo humano (macrófagos) e com isso causa a doença. Entretanto, segundo o biólogo, existem proteínas no citoplasma dos macrófagos que são capazes de reconhecer a leishmania e auxiliam na sua eliminação. “Esse processo induz a ativação de vias de sinalização que culminam com a produção de proteínas importantes para o sistema imunológico”, diz Lima Junior.

Leishmaniose
A leishmaniose é transmitida transmitida pela picada de insetos da espécie flebotomíneos. A doença afeta mais de 12 milhões de pessoas no mundo e 350 milhões correm o risco de contrair a doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Há dois tipos de leishmaniose: a tegumentar (ou cutânea), caracterizada por feridas na pele, e a visceral (ou calazar), que atinge vários órgãos internos, em especial o baço, o fígado e a medula óssea.

Os  resultados da tese abrem caminhos para novos tratamentos e até vacinas eficazes contra a doença.  A pesquisa é descrita no trabalho “NLRP3 inflamassoma: uma plataforma molecular importante no controle da infecção por Leishmania spp”, defendido no ano passado, por Lima Junior que foi orientado pelo professor Dario Simões Zamboni, no Programa de Pós-Graduação em Imunologia Básica e Aplicada da FMRP.

A tese recebeu o prêmio Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) de Tese 2014 na área de Ciências Biológicas III, em outubro e concorre ao Grande Prêmio Capes de Tese. O prêmio será entregue no dia 10 de dezembro na sede da Capes em Brasília. A premiação é concedida anualmente pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes),  fundação vinculada ao Ministério da Educação.

Foto:Wikimedia Common

Agência USP de Notícias

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