28 de março de 2024

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Profissionais que saibam gerenciar o tempo estão em alta no mercado

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Pode perguntar na empresa. Estão faltando profissionais? A resposta, na maioria esmagadora das vezes, será sim. Mas, de acordo com o professor de RH e Gestão de Pessoas da IBE-FGV Sergio Miorin, o que falta, na verdade, é tempo hábil para execução das tarefas diárias. Mas, em tempos de busca por mais produtividade e rentabilidade numa economia desaquecida, as contratações não são prioridade.

 

“O que acabamos detectando é que falta gerenciamento de tempo para organização das atribuições com ferramentas simples, rápidas e com retorno imediato e não contratação de mais pessoal, medida com mais custo para a empresa”, destaca.  Firmadas nesta premissa, cada vez mais as empresas têm buscado ou valorizado aquele profissional que saiba administrar o tempo, de modo a cumprir a rotina diária com êxito.

 

De acordo com Miorin, saber administrar o tempo é um dos principais desafios aos gestores, diretores, presidentes ou executivos atuais.  Esses profissionais têm de saber gerir o tempo disponível com grande eficácia, definindo prioridades, planejando e organizando as suas agendas. E esse gerenciamento é um dos fatores mais críticos do sucesso ou fracasso de um profissional, independentemente do nível em que está e cargo que ocupa.

 

Em julho deste ano, a Page Personnel, consultoria especializada em recrutamento, divulgou uma pesquisa analisando os cargos que estão em alta e em baixa no Brasil. Os dados revelam que as pessoas mais experientes estão se sobressaindo em 2014. É que em tempos de economia mais lenta, as empresas estão procurando profissionais que consigam suportar tempos mais turbulentos. Os multitarefa, com excelente poder de organização e administração do tempo, se destacam neste cenário.

 

Com experiência à frente da SM Consultoria, Treinamento e Palestras, Sergio Miorin desenvolveu uma metodologia para detectar as reais necessidades da organização. Segundo ele, os gestores e dirigentes costumam relatar diversas prováveis razões pelas quais a empresa não atinge objetivo. As mais frequentes são falta de recurso financeiros, ferramentas inadequadas, mão de obra não especializada ou até uma política de Recursos Humanos mal elaborada.

 

Porém, a maior parte das reclamações é com relação à falta de profissionais no quadro para dar conta da demanda diária de atividades. A grande sacada, neste cenário, é descobrir se na verdade estão faltando pessoas ou se o problema é gerenciamento do tempo.

 

Dicas

 

Tudo começa com uma boa autogestão e disciplina. Saber definir o que é realmente importante, que tarefas consomem mais tempo, executar uma tarefa de cada vez, além de definir a sequência certa das tarefas a desempenhar são bons pontos de partida. Para tomar a decisão acertada, todavia, em relação à tarefa, investimento, projeto ou qualquer outro aspecto, esses profissionais precisam antes de tudo identificar o que é importante, circunstancial ou urgente.

 

“Quando conseguimos diagnosticar o que é importante, circunstancial ou urgente, conseguimos priorizar as nossas ações. Também conseguimos não deixar o importante virar urgente, que é o que mais acontece nos negócios e nas nossas vidas tratando de assuntos particulares”, ressalta o professor.

 

Neste sentido, o importante é o que tem tempo para ser feito, podendo esperar horas, dias, semanas ou até meses. Já o circunstancial pode ser definido como desnecessário. “São os gastos de tempo de forma inútil. É a  estrada que não leva a lugar algum, que não traz resultados, apenas fustrações. Não agrega valor, ou seja, não deveria existir”, define Sergio Miorin.

 

Por fim, o urgente reúne todas as atividades para os quais o tempo é curto ou se esgotou. “São as atividades que surgem em cima da hora, que não podem ser previstas, mas que geralmente causam estresse. A frase que se costuma usar é a seguinte: urgente é tudo que não foi feito em tempo hábil”, explica.

 

Para o professor, a dica de ouro na gestão do tempo é delegar tarefas. “É preciso um exercício diário para aperfeiçoar essa espécie de sistema de gerenciamento. Assim, ainda cabem algumas perguntas. A quem você pode delegar? O que irá delegar? Quanto você delegará? Quais as necessidades de aprendizagem e supervisão de quem está recebendo a tarefa? Como motivar os colaboradores a fazer a tarefa?”, aponta.

 

Se em tempos de crise as contratações estão escassas, caberá ao profissional se despontar com diferenciais que o colocarão e manterão no mercado. “Os profissionais precisam entender que o gerenciamento do tempo é bom para a empresa e para seu gestor, mas é fundamental na sua carreira”.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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