28 de março de 2024

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‘Podemos ajudar a preservar a água através da música’, diz guria de Sumaré

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A música se juntou à literatura para fazer de alguns guris de Sumaré (SP) instrumentos de defesa dos recursos hídricos, isso porque não é qualquer morador local que bebe água diretamente da torneira de sua casa. A atividade de sensibilização ambiental foi ministrada voluntariamente pela Maestrello Consultoria Linguística, ontem (11), e contou com a participação de aproximadamente 60 pessoas.

Devido a um possível lançamento de esgoto in natura por outra (s) cidade (s) em uma das principais fontes de água sumareense, a concessionária responsável pelo abastecimento municipal decidiu suspender a captação no ponto. “Meus pais residem em Sumaré e, frequentemente, reclamam por falta d’água e má qualidade do líquido. No entanto, acredito que esta nossa ação tocou no coração destes garotos e eles deverão ser agentes multiplicadores do conhecimento que beberam em nossa fonte, podendo colaborar com a inversão do lamentável cenário hídrico de onde moram”, comentou a diretora executiva da empresa social, Ana Lúcia Maestrello, de 42 anos.

A consultoria realizou uma oficina de seu Curso de Literatura Socioambiental para os alunos do Projeto Guri de Sumaré. Essa foi a primeira das quatro atividades socioeducativas que o polo sumareense necessita promover anualmente. Segundo a coordenadora da unidade, Renata Aoki, 34, a projeto acolhe cerca de 250 estudantes, na faixa etária de 8 a 18 anos, e está no município há 16 semestres. “Aqui, eles aprendem sax, flauta, clarinete, trombone, trompete, eufônio, percussão, violino, violoncelo, viola clássica, contrabaixo acústico e canto coral. Além da música, outras ações sociais e educacionais são disponibilizadas gratuitamente para os participantes, por meio de parcerias como a que fechamos com a Maestrello”, informou Renata.

‘A melhor forma de sensibilização’

“A música fala mais que muitas palavras. Às vezes, a gente não está aberto para ouvir uma conversa, mas uma canção sim. Então, acho que podemos ajudar a preservar a água através da música, que é a melhor forma de sensibilização, na minha opinião”, ressaltou a aprendiz de violino e canto, Amanda do Nascimento Formagi, 15, que lamentou a falta de ações de conscientização ambiental em Sumaré: “talvez por isso a questão da água esteja tão crítica aqui”.

Assim como a guria, Pablo Batté Tardive, 10, também gostou bastante da atividade. “A gente precisa de água para viver. Para não brigarmos por ela em guerras, como vimos no vídeo (assista ao capítulo 16), temos que nos unir para economizá-la”, afirmou ele.

“O objetivo da Maestrello, com essas ações, é mobilizar todos os espaços educadores em prol da conservação hídrica. Vejo a Arte como a estratégia mais rápida para sensibilizarmos pessoas e suas respectivas comunidades, para que elas estejam abertas e preparadas à Educação Ambiental. Todos gostamos de ouvir histórias e, com elas, praticamos o exercício da empatia, que nos ajuda a refletir sobre a importância do convívio coletivo de sobrevivência humana. A música traça o mesmo caminho que a literatura. Se unirmos essas duas áreas, agregadas ao nosso método de aceleração de aprendizagem, poderemos mobilizar toda a sociedade, com o conhecimento técnico de como conservar a água e outros recursos da natureza de forma coletiva”, explicou Ana.

Fundada em 2008, a Maestrello Consultoria Linguística é uma startup educacional de Nova Odessa (SP) que objetiva disseminar o conhecimento para atender o interesse público e acelerar o processo de aprendizagem por meio de sua metodologia de ensino exclusiva, trabalhando por uma natureza mais equilibrada e sociedades sustentáveis, graças à sua força comunicativa socioambiental.

 

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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