24 de abril de 2024

SB24HORAS

Notícias na hora certa!

Os péssimos resultados da economia – por Vieira Junior

Compartilhe essa notícia!

Os cadernos de economia não têm notícias boas sobre o Brasil há algum tempo. No início de 2015, a situação piorou e o dólar, tomado como bandeira por muitos, representa apenas a ponta do iceberg. Nesta semana, o mercado já previu queda de 1% no PIB para 2015. Segundo matéria divulgada pelo Valor Econômico, os analistas voltaram a baixar suas expectativas para o desempenho da economia e, agora, preveem retração, com base no boletim Focus, do Banco Central.

De fato, o momento não é bom para ninguém. Na semana passada, a previsão de queda do PIB já era 0,83%. O comércio, tido como setor que reluta em sentir o peso do mau momento, já dá seus sinais de que mais vacas magras estão por vir. Os varejistas parecem estar completamente desanimados com o aumento da energia, frete e insumos importados, a mesma razão para o desânimo na indústria. Assim, resta o setor de serviços, o único que nos deleitava com boas notícias nos últimos meses. Deleitava… Agora, até o “super setor” do governo já demostra pessimismo. O tempo será de vacas e espigas magras.

Tudo isso é sentido na pele pelos brasileiros, o preço da gasolina, dos alimentos, dos passeios… Também é refletido nos números dos institutos de pesquisa, o que contribui para afastar os investimentos no Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB aumentou apenas 0,1% em 2014. Na contramão de tudo, todos e todas (como gosta de dizer a presidentA), o consumo da administração pública no Brasil aumentou 1,3%, mais do que o consumo das famílias, que cresceu 0,9% no período, gerando uma “situação fiscal insustentável”, como declarou hoje (30/03) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Em outras oportunidades, Levy já disse que algumas “desonerações” feitas pelo governo nos últimos anos foram completamente irresponsáveis. De fato, o ministro tem razão, mas talvez ainda não tenha entendido bem o jogo do atual governo. O fato é que as medidas foram, até então, populares e, a curto prazo, era o que realmente importava. Agora, sem dinheiro para manter a “irresponsabilidade” é hora de ajustar e fazer com que a própria população pague a conta.  Mas, lembre-se, ministro: Dilma dificilmente cairá (afinal ela nunca pode ser investigada ou responsabilizada por algo), já você… Os últimos casos de ministros que o digam.

Por Vieira Junior – Jornalista, pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (IBE-FGV)

Panoramadenegócios.com.br

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
Compartilhe essa notícia!