28 de março de 2024

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O reflexo das Olimpíadas 2016 no Setor Automotivo

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Este ano, receberemos as Olimpíadas e Paralimpíadas pela primeira vez na América do Sul. Apesar das críticas, deve acontecer o mesmo que na Copa de 2014, quando a população se esforçou para gerar uma vitrine de visibilidade para o nosso país.

 

Neste evento, será difícil deixar de ver o envolvimento e os efeitos na indústria automobilística. Responsáveis por 6% de todo o PIB do Brasil, as montadoras sabem do seu papel na economia e a importância de eventos desta natureza. Três já garantiram sua participação: Nissan, Fiat e Hyundai.

 

A Nissan ganhou a concorrência realizada e recebeu o direito de se divulgar como patrocinadora da Rio 2016. Para uma estreante, ligar seu nome ao evento é a chance de mostrar o compromisso com o país, nacionalizando uma marca que para a maioria dos brasileiros ou é desconhecida ou é importada. Desde 2012 vem fazendo ações para ligar seu nome às provas.

 

Através do patrocínio das transmissões da Rede Globo, a Fiat invadiu a festa. Mesmo não sendo patrocinadora oficial, sua presença naquele meio de comunicação deve fazer com que os brasileiros confundam quem é o patrocinador oficial. Ainda mais que nos locais dos eventos não se pode exibir marca nenhuma. Para a líder, que vem perdendo mercado na crise atual, reforçar seu apoio ao Brasil só trará benefícios.

 

Agindo de uma forma diferenciada, a Hyundai fechou o patrocínio do Cristo Redentor e será vista por todos que venham conhecer o ponto turístico mais visitado do Brasil. Estratégia inteligente, a montadora coreana investiu um valor relativamente baixo, comparado aos da Nissan e Fiat, para ligar seu nome ao monumento e impactar brasileiros e estrangeiros, presentes ou não no evento.

 

Se em termos de imagem só há o que comemorar, não temos o mesmo efeito nas vendas. Historicamente, anos de Olimpíadas não possuem grandes variações no volume de vendas para o setor. O ano começou difícil e não se vê melhoras para os próximos meses.

 

Nissan saiu na frente e, depois das séries especiais, aproveitará a Rio 2016 para mostrar sua nova SUV, já divulgada como o “carro das olimpíadas”. Tal lançamento poderá aumentar sua participação nas vendas em um ano difícil.

 

E as demais? Oficialmente, não podendo se ligar ao evento, pouco espaço deverá sobrar. Mas, como criatividade não falta ao mercado automotivo brasileiro, não faltarão ofertas no período. Após a queda de vendas nos últimos anos, a Rio 2016 pode ser uma boa oportunidade para o mercado voltar a pensar em dias melhores.

 

 

Por Carlos Murilo Moreno 

Professor de Marketing de Varejo Automotivo na FGV, atua também como consultor na área de mídia na Associação Brasileira dos Concessionários Hyundai. Atua no mercado há mais de 25 anos, tendo sido gerente de publicidade na Fiat e diretor de marketing na Nissan.

 

Por Antônio Jorge Martins 

Coordenador Acadêmico Executivo na FGV do MBA em Gestão Estratégica de Empresas da Cadeia Automotiva com ênfases em Montadoras – Fornecedores e Concessionárias, além de Professor do Curso de Pós MBA em Inteligência Empresarial. Sócio-Diretor do Centro de Estudos Automotivos – CEA.  Atuou na BNDESPAR e em Conselhos de Administração, bem como Diretor Administrativo-Financeiro em Empresas de capital aberto

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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