29 de março de 2024

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O diferencial numa entrevista de emprego – por Eline Rasera

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Cada empresa é uma cultura e cada cultura possui características diferentes. As organizações são específicas quanto à “Matriz de Competências”, no entanto, algumas características podem tornar-se fatores de destaque de candidatos a serem observadas pelos entrevistadores (RH, líderes, diretores, outros) de todos os tipos de empresas.

 

Não são raros comentários vindo de pessoas que participaram de processos seletivos, muitas vezes um tanto inconformados pela não classificação, criticando o processo, a entrevista, os testes, as perguntas e até a postura do entrevistador. Evidentemente, existem profissionais ainda não adequados para essa função e que estão atuando nas empresas. Porém, o que ocorre com frequência, é o despreparo e falta de visão dos candidatos em relação às questões de natureza mais comportamental.

 

Determinadas competências são perenes e fundamentais para se obter sucesso nessa situação. Independentemente do nível de escolaridade, do cargo, da empresa, da região, algumas características são, mais ou menos mas, sempre, observadas:

 

1- A apresentação pessoal

Pela “regra de conduta”, cada situação pede determinada forma de apresentação pessoal. Se a entrevista for para um trabalho num banco, a maneira de se vestir é diferente de uma empresa de tecnologia, porém, ambas requerem bom senso. Conhecer o tipo, a cultura e as características da empresa, é uma boa informação para se preparar para o evento.

 

2- Equilíbrio emocional

Desde o contato pelo celular (ou telefone) ao agendar data e horário, o candidato está sendo avaliado. A maneia como se comporta com situações incompatíveis, possíveis frustrações e com a ansiedade, é observado. Também na empresa, como o candidato se dirige aos demais na sala, com possíveis atrasos da entrevista ou outra situação que alterem o planejado.

 

3- Relacionamento interpessoal

Puramente educação e gentileza, nesse primeiro momento. Dar oportunidade ao colega de se expressar, permitir que todos se coloquem e, principalmente evitar todo e qualquer tipo de conflito negativo e agressividade, entre outras “regras” de boa conduta.

 

4- Conhecimento básico sobre a empresa

Impossível participar de um processo sem ter conhecimento sobre a organização em questão. Atualmente, a grande maioria das empresas possuem sites que contém informações relevantes sobre o negócio, estrutura, mercado, Recursos humanos e etc. Mostrar que tem esse conhecimento, revela interesse e proatividade.

 

5- Facilidade na comunicação

Expressão clara das ideias, nem mais, nem menos, isto é, nem se explicar e correr o risco de se tornar prolixo, e nem ter um monólogo com o entrevistador. O que se observa nessas situações é a necessidade do candidato em dar detalhes, o que pode mostrar ansiedade. Falar o suficiente e deixar espaço para perguntas e dúvidas do profissional.

 

6- Engajamento

Como se mostrar engajado? E como isso é visto? Mostrar interesse, responsabilidade, compromisso com a palavra, e no final de tudo, “brilho nos olhos”, aquele entusiasmo que se “lê” nos gestos e, no tom de voz que se mostra com energia e de maneira agradável aos ouvidos.

 

7- Vontade de aprender

Procurar saber quais as chances de se fazer carreira nessa organização já é uma maneira de mostrar interesse em crescimento. Mas não é só isso, se mostrar aberto e disposto a continuar estudando, e curiosidade pelo processo do produto principal da empresa, mesmo não sendo da área em questão, revela inteligência sistêmica e interesse em contribuir para o desenvolvimento da organização. Uma empresa cresce, quando seus funcionários também crescem.

 

Essas características se tornam diferenciais, e podem inclusive serem fundamentais num “empate técnico”. E a melhor das notícias é: é possível desenvolver essas competências. O processo de coaching é um excelente apoio para quem deseja melhorias e se preparar para ter sucesso em processos seletivos ou de promoção.

 

 

Eline Rasera, psicóloga, coach e professora de Gestão de Pessoas da IBE-FGV.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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