19 de abril de 2024

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Novembro Azul: Exames que auxiliam no diagnóstico precoce do câncer de próstata

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O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma). É também a segunda maior causa de morte pela doença no País. Por isso, no Novembro Azul a sociedade se mobiliza para conscientizar o público masculino sobre a importância dos cuidados com a saúde.

 

Considerada uma doença da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, a detecção precoce do câncer de próstata é determinante para o seu prognóstico e definição das diretrizes médicas. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a recomendação é de que os homens devem começar a realizar o acompanhamento médico e o check-up preventivo aos 50 anos.

 

O acompanhamento urológico a partir da consulta com o urologista pode envolver diversos tipos de exames e o primeiro e mais importante deles é o de toque retal – indicado para saber a consistência da próstata, o tamanho e identificar possíveis lesões. “É o exame indispensável, independente de qualquer outro exame que possa ser indicado pelo médico”, afirma o médico patologista do Grupo São Marcos, Paulo Salles.

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a detecção precoce de um câncer compreende duas diferentes estratégias: uma destinada ao diagnóstico em pessoas que apresentam sinais iniciais da doença (diagnóstico precoce) e outra voltada para pessoas sem nenhum sintoma e aparentemente saudáveis (rastreamento). Alterações do exame clínico combinadas com resultado da dosagem do antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue podem sugerir a existência da doença.

Nesses casos, é indicada a ultra-sonografia e/ou a ressonância magnética pélvica. O resultado desses procedimentos, por sua vez, poderá mostrar, em consonância com os achados clínico- laboratoriais, a necessidade de biópsia prostática transretal. “A evolução tecnológica dos exames de imagem, por sua vez, possibilita que a biópsia possa ser realizada de forma mais precisa”, explica o médico patologista do Grupo São Marcos.

O estudo histopatológico do tecido obtido pela biópsia da próstata é fundamental na identificação do tipo de câncer. O relatório anatomopatológico deve fornecer também a graduação histológica do sistema de Gleason, cujo objetivo é ajudar na determinação do melhor tratamento para o paciente.

 

Rastreamento – Achados no exame clínico (toque retal) combinados com o resultado da dosagem do antígeno prostático (PSA) cumprem papel fundamental no rastreamento e na identificação do tumor, que em alguns podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. No entanto, o médico patologista do Grupo São Marcos explica que o rastreamento – por meio da associação com o exame clínico, realização do PSA Total, do PSA livre – e a relação livre/total, dos exames de imagem da próstata – deverá ser realizado após ampla discussão entre paciente e médico urologista.

“Essa decisão deve ser tomada pelo médico junto com o paciente, em decorrência de sinais e possíveis indícios de câncer de próstata e sobre possíveis benefícios e consequências associadas ao tratamento”, afirma.  Isso porque, segundo ele, a maioria dos tumores se desenvolve de forma lenta. “Hoje em dia, a medicina está muito mais personalizada e as diretrizes médicas são definidas a cada caso, de acordo com o estado de saúde, a idade e o prognóstico do paciente”, afirma.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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