28 de março de 2024

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NOMOFOBIA: Dependência do computador, internet, redes sociais e telefone celular

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Nomofobia pode parecer um termo pouco comum, mas bastante usual nos dias atuais. Ele se originou na Inglaterra a partir da expressão no-mobile, que significa sem celular, e uniu-se à palavra grega fobos, que significa fobia, medo. Assim, resultou na palavra “nomofobia”, que encontrou o seu lugar para apontar o desconforto ou angústia causados pelo medo de ficar incomunicável através do celular, computador ou internet.

 

Não gostar de esquecer o celular ou não gostar de estar desconectado da internet é comum e não chega a ser um transtorno. Agora, quando ficar sem o celular, off-line ou longe do computador chegar ao ponto de atrapalhar o seu cotidiano, ou trouxer sintomas como ansiedade, desconforto, pânico, nervosismo, taquicardia, angústia, alteração da respiração, suor excessivo e tremores, característicos da nomofobia, o sujeito deve receber atenção especial e avaliação por profissional.

 

O primeiro passo para solucionar essa ansiedade é reconhecer que a fobia existe e que prejudica a sua qualidade de vida. Logo, é preciso se livrar do preconceito e admitir a necessidade de buscar tratamento.

 

Abaixo algumas dúvidas respondidas pela equipe da Clínica Equilybra, de São Paulo/SP:

 

Por que é considerado um transtorno atual?

A nomofobia é considerada um transtorno do mundo moderno, pois antes não existiam celulares, lan-houses, tablets e demais tecnologias interferindo em nosso cotidiano, e, produzindo assim impactos sociais e familiares. Hoje, devido aos transtornos relacionados à convivência com esses dispositivos, se fez necessária a criação de um nome que pudesse identificar determinados comportamentos, sentimentos e sensações provenientes dessa interatividade.

 

Que tipo de pessoas desenvolvem nomofobia?

Em geral, os nomofóbicos apresentam um perfil ansioso, dependente e com baixa autoestima. Algumas características observadas são perfeccionismo, inflexibilidade e exigência consigo mesmo.

 

Como diferenciar um nomofóbico de uma pessoa que simplesmente usa a tecnologia disponível?

Para que seja constatada uma dependência patológica dessas novas tecnologias, o sujeito deve ser um usuário abusivo do computador, da internet e do celular, e essa condição precisa estar prejudicando a sua vida pessoal, social e familiar. Por exemplo: manter o celular ligado 24h por dia, as que não saem de casa sem o celular, as que sentem ansiedade quando esquecem, as que voltam para buscá-lo e não ficam de jeito nenhum sem, as que sentem rejeitadas ou com baixo autoestima quando não recebem nenhuma ligação, ou quando percebem que os amigos recebem mais ligações do que ela, ou quando não recebem nenhum “curtir” quando posta algo na rede social. E, por fim, as que fazem uso dos jogos eletrônicos em rede com os amigos virtuais e não reais.

 

Por isso, a psicoterapia – que é um método de tratamento de problemas psicológicos e emocionais baseado no conhecimento científico – o profissional com base na teoria do desenvolvimento psicológico formula intervenções (interpretações, reformulações, confronto, etc.), que ajudam o indivíduo a tomar consciência da origem dos seus problemas e a elaborar e lidar de um modo mais adaptativo com situações dolorosas do passado ou do presente da sua vida. Deste modo, a psicoterapia promove alterações do comportamento e aumento do autoconhecimento, leva a uma maior adaptação pessoal e social e aumenta a liberdade interior.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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