28 de março de 2024

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Luto: a vida após a perda

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O luto nada mais é que a reação frente uma perda de algo ou alguém, sendo uma reação psicológica, fisiológica e social.  O que acontece é que quando nos referimos ao luto, logo é associado a morte, mas também é um processo referente a uma ruptura como perda do trabalho, termino de um relacionamento, animal ou a perda de um objeto com forte vínculo afetivo.

O luto não é apenas um sentimento e sim conjunto de sentimentos e emoções que requer um tempo para serem digeridos e resolvidos, que não deve ser apressado, pois cada um de nós tem um “tempo emocional” que deve ser respeitado, por isso se faz necessário que o enlutado passe pelo processo do luto sendo uma forma de amadurecimento, crescimento e tendo uma nova chance de escrever uma nova história.

Apesar de sermos seres individuais, as etapas que cada um vivencia em relação ao luto são muito semelhantes que são: negação, raiva, barganha ou negociação, depressão e aceitação. Essas etapas não acontecem necessariamente nesta ordem e ocorrem diante de outras perdas e frustrações graves, como no divórcio ou em pacientes terminais.

Duração do luto pode variar de pessoa para pessoa de 1 ano a 2 anos, mas quando se fica preso em uma das 4 etapas (negação, raiva, barganha ou negociação, depressão) pode se tornar um problema, assim prolongando o sofrimento e fazendo com que a pessoa (enlutado) deixe de viver.

O melhor caminho é a aceitação e superação, isso não significa esquecer ou até que não aconteceu nada e sim continuar a vida. Minha experiência demonstra que uma boa maneira de reestabelecer a rotina é trabalhando. O trabalho impede a pessoa render-se a paralisia, ao desanimo e principalmente, a não justificar o fracasso pela ausência do ente querido. Só que requer uma ressalva, pois existem pessoas que se profundam na rotina do trabalho que não vivenciam o tempo do luto tão importante para superar.

Existem outras maneiras para processar o luto, como:

– Compreender que o luto é algo natural do ser humano e que leva um tempo para se recuperar;

-Expressar as emoções e os sentimentos diante ao luto, falar sobre a dor que sente é uma forma de alivio a todo sofrimento psíquico causado pela dor;

– Não resistir ao novo, sim, quando diante ao uma ruptura em nossas vidas diante a perda de alguém ou papeis sociais que tínhamos, a vida se modifica e isso assusta, mas se faz necessário se “abrir” as novas oportunidades que vida está lhe proporcionando como forma de crescimento;

– Procurar realizar atividades que dão movimentos a vida como fazer novos amigos, redes sociais e atividade físicas;

– Procurar novos projetos e sonhos para ser conquistados.

O psicólogo pode ajudar o enlutado a ter senso de confiança e energia renovado, ajudar a desenvolver habilidade para reconhecer totalmente a realidade da morte e a capacidade de se tornar envolvido novamente.

A estratégia clínica sob a qual a psicoterapia (tanto individual, grupo ou familiar) o objetivo que cabe para todas as situações de luto é a elaboração do luto, a de favorecer a criação de suportes e estabelecer novos sentidos que possam ser compreendidos como uma reorganização e dos novas possibilidades de existir que se mostram a partir de então.

 

PSICÓLOGA KÁTIA BAIO

CRP:. 06/122478

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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