Com uma estratégia agressiva de corte de custos, a rede de restaurantes fast-food Burger King fez seu lucro líquido subir 150% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2012, mesmo com uma forte queda em sua receita líquida, segundo balanço da companhia publicado nesta sexta-feira (26).
O lucro líquido registrado entre janeiro e março foi de US$ 35,8 milhões, e a receita líquida, de US$ 327,7 milhões.
O grupo se transformou após a chegada do fundo 3G Capital, dos empresários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, e passou a se basear mais no sistema de franquias do que no de unidades próprias.
O faturamento com restaurantes controlados pelo próprio Burger King foi 30,6% menor (US$ 121,1 milhões) e o com franquias, por outro lado, avançou 18,9% (para US$ 206,6 milhões).
Assim, a participação das unidades próprias na receita caiu de 69,5% no primeiro trimestre de 2012 para 36,9% na deste ano.
CORTE DE CUSTOS
A companhia conseguiu cortar agressivamente seus custos para melhorar o resultado trimestral.
Os gastos com matéria-prima de alimentos, papel e outros produtos caiu 70,4%, para US$ 38,5 milhões, e as despesas com funcionários recuaram 68,6%, para US$ 37,5 milhões, fazendo com que os custos totais ficassem 69,5% menores (US$ 108,1 milhões).
As despesas operacionais também foram reduzidas –em 53,6%, para US$ 225,3 milhões–, e o lucro operacional do Burger King cresceu 21,8%, para US$ 102,4 milhões.
Assim, a margem operacional mais que dobrou em um ano, de 14,7% no primeiro trimestre do ano passado para 31,2% em 2013.
Fonte: Folha de São Paulo