28 de março de 2024

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Levantamento aponta que 30% dos veículos estacionados no pronto-socorro de Nova Odessa são de outras cidades

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Estudo aponta que em alguns dias 50% dos carros tinham placas de municípios da região

 

Um levantamento da Secretaria de Saúde de Nova Odessa realizado em fevereiro comprovou o que, há muito tempo, já se sabia: pacientes de outros municípios da região procuram atendimento no Pronto Socorro do Hospital Municipal e Maternidade Dr. Acílio Carreon Garcia. O estudo apontou que 30,08% dos carros e 27,03% das motos parados no estacionamento do hospital tinham placas de outras cidades. Embora tenha cerca de 56,7 mil habitantes – segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) -, Nova Odessa registrou cerca de 300 mil atendimentos em 2015.

 

De acordo com o estudo, dos 1.589 carros parados no estacionamento do hospital, 69,92% tinham placas de Nova Odessa, 10,64% de Sumaré, 6,92% de Americana, 3,21% de Santa Bárbara d’Oeste, 1,76% de Campinas e 1,57% de São Paulo. Os 5,98% restantes eram de motoristas de outras cidades de São Paulo e, até mesmo de outros estados como Pernambuco, Ceará, Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. Em determinados dias do mês, o índice de carros de outros municípios chegou a 50%.

 

Já em relação às motos, dos 111 veículos estacionados, 72,97% eram de Nova Odessa, 9,92% de Sumaré, 8,11% de Americana, 3,60% de Campinas, 2,70% de Hortolândia, 1,80% de Santa Bárbara d’Oeste e 0,90% de Monte Mor.

 

É claro que um pequeno percentual pode ser relacionado a moradores de Nova Odessa que tenham comprado carro em outro município e ainda não fizeram a transferência, mas este número certamente é mínimo”, afirmou o secretário de Saúde Sérgio Molina, responsável pelo levantamento.

 

Nestes casos, ressaltou, o morador deveria providenciar a transferência do veículo já que, assim, o município seria beneficiado com os respectivos impostos. “Se ele utiliza do serviço de saúde aqui em Nova Odessa, nada mais justo que a cidade receba por isso e isso é possível com a simples transferência da documentação”, explicou.

 

Para Molina, o levantamento comprova uma situação já constatada dentro do pronto socorro: que um número considerável de pacientes de outras cidades buscam atendimento de urgência e emergência no município. “A questão da Saúde é delicada em todas as cidades da região, mas percebemos que aqui, apesar dos problemas que, claro, existem, ainda oferecemos um bom atendimento aos pacientes”, disse.

 

Ele lembrou que embora Nova Odessa tenha cerca de 56,7 mil habitantes, no ano passado a Secretaria de Saúde registrou aproximadamente 300 mil na rede pública. Apenas no pronto-socorro foram cerca de 130 mil pessoas atendidas. “Tem moradores com convênios e outros que nunca sequer foram ao pronto-socorro. São muitos prontuários se considerarmos o número de habitantes”, afirmou.

 

O secretário frisou que a Administração não pode negar atendimento de urgência e emergência, mas que a vinda de pacientes de outras cidades acaba comprometendo a qualidade dos serviços. “Temos uma estrutura montada para atender os moradores da cidade. Ao recebermos pacientes de outros municípios, esta estrutura passa a ser insuficiente, comprometendo alguns serviços”, disse.

 

Além disso, quando vemos carros de outras cidades estacionados aqui sabemos que, dificilmente, apenas uma pessoa está passando por atendimento. Há situações em que o veículo vem com três ou quatro pacientes que optam por buscar o atendimento aqui em Nova Odessa”, continuou.

 

MELHORIAS – Apesar dos números, Molina afirmou que a Administração segue investindo em melhorias para os serviços como contratação de profissionais e reforma do hospital.

 

Recentemente teve início reforma da recepção e, com a entrega dos serviços nas próximas semanas será concluído o processo de melhorias no hospital. “O que buscamos com estas obras é oferecer maior conforto aos pacientes”, disse o secretário.

 

Além disso, está sendo implantado nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) projeto de acolhimento com objetivo de melhorar a recepção e o atendimento aos pacientes. “É parte de um projeto de humanização que temos implantado, também visando maior conforto a quem procura nossa rede de saúde”, afirmou Molina.

 

Foto: Osnei Réstio

 

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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