28 de março de 2024

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Inflação Etanol – por Douglas S. Nogueira

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          O que está havendo com o preço do etanol, o conhecido e popular álcool? De uma hora para outra como um avião que levanta vôo, o preço do referido combustível disparou em uma incessante subida causando caos e polêmica por toda parte do país.

De R$ 0,99 como em tempos atrás, o etanol em alguns lugares atingiu o exorbitante e inflacionário preço de R$ 2,80, uma verdadeira tortura para os milhões de brasileiros que possuem carros movidos pelo mesmo.

Onde vão parar esses preços? O governo brasileiro como o maior produtor de etanol mundial, deveria de alguma forma procurar manter estabilizado o preço do referido combustível, entre R$ 0,99 até no máximo R$ 1,50, no qual muitas pessoas de baixa renda poderiam ter acesso. Por outro lado como detentor de uma fatia impressionante da produção do etanol, o Brasil poderia utilizar-se dessa arma para explorar mais a exportação e aí sim para os consumidores externos aumentar o preço.

Está se tornando praticamente inviável comprar carro movido a etanol, já que o mesmo sempre foi um combustível de baixo rendimento em uma relação litros/ Km, e hoje além desse fator os consumidores se deparam com a questão preço exorbitante e inexplicável. Parece que o mais inteligente caminho é a compra de veículos movidos à gasolina, gás ou mesmo flex (duas opções de combustível).

Segundo notícias de fontes seguras da imprensa nacional e institutos de pesquisas como é o caso do FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o governo brasileiro possivelmente irá tentar de uma forma estratégica conter essa elevação incessante do preço do etanol, a intenção é intervir em meio a empréstimos vindos de bancos como o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Social) entre outros a usineiros, para assim forçá-los a baixarem tais preços assustadores.

Essa inflação etanol culminou no governo Dilma Rousseff, no entanto já vinha sendo preparada em governos passados, os preços hoje apresentados são os maiores da história do Brasil. Consultores de agronegócio explicam que estamos no período da entressafra, ou seja, fase em que a produção de cana no país diminui, além do que usineiros estão dando preferência a produção de cana-de-açúcar.

Antigamente se viam muitas usinas de açúcar e álcool espalhadas por todo o país principalmente nas regiões sudeste e centro-oeste, hoje temos aproximadamente e apenas quatrocentas, pode-se dizer que com as inovadoras formas de produção do etanol, como é o caso da produção pela mamona tais usinas estão sendo “abolidas”, não seria então o momento dos usineiros começarem a pensar em novas tecnologias para assim acompanharem o desenvolvimento mundial? Pois ajudarem diretamente a subirem o preço do etanol eles ajudam, no entanto criarem novas e interessantes tecnologias não se interessam em momento algum.

O Brasil sempre mostrou ao mundo ser um país que convive periodicamente com a inflação, houve aí um período em que parecia estar tudo calmo, tranqüilo sem elevações exorbitantes de preços e de repente as notícias mundiais é que o etanol brasileiro tem a maior alta dos últimos anos, e aí então a imagem brasileira de país inflacionário volta à tona. Fato que de uma forma ou de outra complica um pouco a imagem de uma nação, que busca a recuperação perante a economia mundial.

O governo brasileiro possui em suas mãos grandes armas, para novamente surpreender o mundo em uma rápida recuperação econômica, dando um “chute” na atormentadora inflação etanol, assim esperam os quase 190 milhões de brasileiros.

 

Autor: Douglas S. Nogueira

Técnico em Manutenção na Arcelor Mittal e Integrante das Associações Literárias de Santa Bárbara e Piracicaba – ACIBEL e CLIP

 E-mail: douglas_snogueira@yahoo.com.br

BLOG: www.douglassnogueira.blogspot.com.br

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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