16 de abril de 2024

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Governo gasta mais do que pode e consumidor paga a conta

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Para especialista em consultoria financeira empresarial, aumento da inflação se deve aos gastos excessivos e aumento dos impostos não é o melhor caminho

Anunciado na última semana, o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ainda vem repercutindo nos bastidores econômicos. Para especialistas da área, a manobra é mais um impacto negativo no mercado brasileiro.

 

Divulgado pelo Ministro da Fazenda Joaquim Levy como estratégia para elevar a arrecadação e melhorar o superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública), o IOF antes de 1,5% e que se operava em relação ao tempo de duração da operação, agora passa para 3%, mais a alíquota adicional incidente sobre a abertura de crédito de 0,38%.

 

“Se a operação financeira for com prazo superior a 365 dias, esta transação se sujeitará a uma alíquota de 3,38%, que é o IOF (alíquota adicional de 0,38%) mais o IOF (em função do prazo) de até 3%”, explica o Diretor do Grupo CLR Consultoria Empresarial, parceiro da IBE-FGV no programa Intersector Alliance, Aci Coutinho.

 

Para Coutinho, o resumo dos problemas econômicos começa nesse ponto. Devido ao abrupto aumento de tributação, quando o consumo, já prejudicado pela estagnação da economia e inflação recorrente, recebe mais este impacto negativo.

 

“Neste sentido, os agentes financeiros, que já fazem restrições ao crédito, no caso para pessoas físicas, pela inadimplência rondando a segurança creditícia, agora vêem o seu cliente ainda mais onerado pelas operações de crédito que venha realizar”, afirma.

 

De acordo com o especialista, neste caso, perdem o agente financeiro e seu cliente e ganha o Governo, que somente com a medida deverá arrecadar mais R$ 7,38 bilhões em 2015.

 

Coutinho ressalta que o consumo não é o problema, pelo contrário, já garantiu a estabilidade na economia do país. “O consumo em si não é o único responsável pela inflação. A responsabilidade é do Governo, que gasta mais do que pode, e, portanto, precisa se submeter ao mercado para se financiar”, disse.

 

O diretor ainda considera que o aumento de tributos não é uma manobra assertiva do governo em ações para diminuir o custo Brasil. “O consumo é ferramenta indispensável para o crescimento econômico, se, para tanto, houver uma política de investimentos estruturais e custos menores de Governo,” finaliza Coutinho.

 

Sobre InterSector Alliance

 

O InterSector Alliance é um programa que tem por objetivo desenvolver e implementar um modelo estratégico de gestão através de metodologias estruturadas com base nas melhores técnicas de mercado, com profissionais de comprovada competência. Além disso, proporciona uma rede de aprendizado e troca de experiências entre empresas, organizações e entidades dos três setores, visando incrementar exponencialmente os resultados globais e a competitividade.

 

O InterSector Alliance foi idealizado pela IBE e conta com o apoio e parceria da Prefeitura de Campinas, o CIESP e instituições como CEBRAF (Confederação Brasileira de Fundações), APF (Associação Paulista de Fundações), e a Fundamig (Federação Mineira de Fundações e Associações de Direito Privado). Fazem parte desta aliança a CLR Consultoria Empresarial e a BakerTilly.

 

Sobre a IBE-FGV

 

A Fundação Getulio Vargas, fundada em 1944, é reconhecida como a melhor escola para preparação de executivos do Brasil. A IBE-FGV começou em 1996 e atualmente forma a maior e mais completa rede de escolas de negócio FGV no interior paulista e uma das maiores do Brasil. A IBE-FGV já formou mais de 30 mil executivos e possui unidades nas cidades de Americana, Campinas, Jundiaí, Limeira, Piracicaba e Rio Claro.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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