28 de março de 2024

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Governança Corporativa

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IBE-FGV_152 (3)A Governança Corporativa já existe há séculos, porém, é mais comum em organizações de grande porte.  Ela começou ser mais pesquisada e estudada pela academia na década de 1980, com foco em reestruturações financeiras, passando a ser foco de uma atenção mais minuciosa dos seus investidores. Pode-se dizer que a Governança Corporativa trata dos conflitos entre a propriedade propriamente dita e a gestão empresarial. Noutras palavras, o proprietário da empresa concede ao executivo o poder de decisão sobre a sua propriedade.

Então, o que é Governança Corporativa?

É um conjunto de controles e incentivos que irão assegurar a segurança financeira da empresa, alinhado aos interesses do proprietário da organização. Ela acaba também tornando o processo de decisão da empresa menos vulnerável aos conflitos de interesses pessoais que encontramos constantemente dentro das organizações, principalmente entre gestores e proprietários. Nas empresas de capital aberto, é nítida a separação entre acionistas e gestores. Devemos considerar que os acionistas não detêm o processo de decisão, delegando, assim, um certo grau de autonomia aos gestores.

Quando visualizamos no planejamento estratégico da organização, a implantação e atenção da Governança Corporativa, conseguimos trazer mais resultado financeiro para a organização. E como realizamos isso?

1) Os acionistas contratam gestores para administrar suas empresas dando autonomia a estes;

2) Os gestores precisam estar em um grau de senioridade e consciência muito grande, deixando assim seus interesses pessoais maximizando o lucro da empresa e o preço das ações se for capital aberto;

3) Realizando os itens 1 e 2, o valor da empresa aumenta, automaticamente o patrimônio e riqueza dos acionistas aumentam.

Temos algumas áreas dentro e fora da empresa que podem assegurar a gestão: Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Auditoria Interna realizada pela própria empresa ou uma outra terceirizada.

Quando não temos os membros desses conselhos preparados tecnicamente, podemos ter fraudes, abusos de poder, acarretando, assim, erros estratégicos que normalmente ficam em poder do executivo principal da empresa. O despreparo desses membros normalmente acontece em empresas familiares. Muitas vezes detectamos um bom comerciante, porém, sem preparo acadêmico e técnico para trazer maior rentabilidade para empresa.

Com a necessidade de modernizar sua alta gestão, as empresas no Brasil começam buscar profissionais altamente qualificados, sejam eles consultores, conselheiros profissionais ou algum outro cargo que possamos atribuir esse tipo de profissional tão requisitado no mercado corporativo. O coração de qualquer empresa do mundo é a área financeira, o controle financeiro propriamente dito.

Em razão da competitividade agressiva do mercado em todos os seus segmentos e com a economia oscilando, principalmente depois da crise mundial e especialmente na Europa, a Governança Corporativa vem sendo solicitada e implementada cada vez mais no Brasil.

Autor: Sergio Miorin – professor de Gestão de Pessoas da IBE-FGV

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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