28 de março de 2024

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Férias beneficiam colaboradores e empregadores

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Para especialista da IBE-FGV, período deve ser usado para se desligar do trabalho, o que traz benefícios tanto para funcionário quanto para a empresa

 

Após um ano de trabalho, é inevitável não sentir na pele o peso do cansaço. O ritmo de produtividade automaticamente desacelera e faz com que o colaborador comece a sonhar com as férias. Direito garantido pela Legislação Brasileira, elas se tornaram ferramentas perfeitas para que o trabalhador possa recarregar as energias e voltar com mais disposição ao trabalho, mas é necessário sabedoria na hora de utilizar os 30 dias de folga, para que a volta não seja ainda mais cansativa do que a saída.

 

Para o professor de Gestão de Pessoas da IBE-FGV, Sergio Miorin, este período deve ser aproveitado para relaxar e se esquecer dos problemas de trabalho. “Uma importante dica é planejar as férias com antecedência. Comece a pensar pelo menos seis meses antes, para ter opção de escolha de lugar, dia e hora para viagens e atividades de lazer. O profissional não deve levar para as férias as preocupações e problemas do trabalho”, orienta o especialista.

 

Outra dica importante, segundo Miorin, é viajar para um lugar em que nunca havia estado antes. “Isso é um diferencial para a viagem. Quando visitamos sempre um mesmo lugar, podemos acabar entrando em uma ‘rotina turística’, ao passo que, nas férias, o objetivo é fugir da rotina. Outra sugestão é ir para um lugar calmo, isso ajuda relaxar e muito”, indica o professor.

 

O indicado é que o profissional se desligue do trabalho, não cheque e-mails e não atenda celular para solucionar problemas do escritório. “Porém, pode-se aplicar uma regra para minimizar o problema: verificar o e-mail uma vez por dia e ter um horário para as pessoas ligarem, por exemplo, das 13h00 às 14h00”, explica Miorin.

 

O descanso, na visão do professor, é de extrema importância. Caso o colaborador ou empresário não tenham esse período, a produtividade pode ser comprometida e os objetivos podem não ser alcançados. “A pessoa necessita desse tempo de descanso e esse período precisa ser de 30 dias, tempo no qual não deve fazer contato com a empresa todos os dias, pois, caso contrário, sob o aspecto psicológico o indivíduo fica com a impressão de que não está de férias”, explica.

 

Após esse descanso, os ganhos são tanto para empresa quanto para funcionário. “As pessoas terão uma produtividade maior, uma motivação alta, muita energia, contribuindo assim para atingir as metas e objetivos do planejamento estratégico da organização”, destaca.

 

Já sobre a venda de férias o professor é direto: não vale a pena. “Sou completamente contra vender férias. Normalmente a pessoa usufrui 20 dias e vende outros 10 para a empresa. Esse benefício financeiro que as pessoas acham que estão tendo, por quais motivos forem, não serão benefícios, pois a falta de descanso pode desencadear até mesmo doenças”, alerta.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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