28 de março de 2024

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EMPRESA FAMILIAR – POR QUE É TÃO DIFÍCIL MUDAR? por Eliana Rasera

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Hoje, li a seguinte frase… “A mudança não é uma quebra de fluxo da nossa vida, é o fluxo em si mesmo… é o movimento que dá vida e movimento é mudança por definição” (autor desconhecido).

Definição é a lógica, é o sentido correto das coisas. Então por que é tão complicado, temeroso e às vezes impossível realizar mudanças que podem trazer excelentes resultados? Somos seres humanos cientes, conscientes, nós queremos ser felizes, mas sair da zona de conforto…

Gostamos do que é familiar, conhecido, e que por consequência, podemos controlar. Talvez pela própria sobrevivência. Preservar, conservar, resguardar, manter a espécie humana. Faz sentido? Creio que sim, pelo menos explica a teoria de Maslow (Hierarquia das Necessidades) – na pirâmide, a segurança como sendo a segunda maior necessidade dos seres humanos (a primeira fica por conta das necessidades fisiológicas).

Mas quando essa busca por segurança impede o desenvolvimento e crescimento de pessoas, empresas e sociedade?

Por que não escolher e definir novas modalidades para velhas coisas? Por que mover e remover o antigo na busca frenética pelo novo?

Medo de perder o controle, o poder e o já conquistado. Pessoas e empresas, e os mesmos, antigos e já conhecidos procedimentos, gestão e processos.

Surgem os problemas impactando visivelmente os lucros. Tem-se certa visão das causas e também de soluções para elas. Mas é necessário mudar, investigar, diagnosticar, propor soluções. Talvez até trocar, substituir.

É comum ouvirmos:“Mas sempre fizemos assim… desde quando começamos… e foi assim que chegamos até aqui”. Essa é a sentença de morte. “Sobrevivemos, e pela manutenção da espécie, continuaremos assim”.

É natural o temor (racional) por riscos, mas sem mudança, também se morre! Precisamos nos adaptar para sobreviver, é o processo da Seleção Natural (Darwin).

Empresas familiares com bons resultados financeiros e produtos de qualidade que, ao se depararem com problemas, sejam de produtos, processos ou pessoas e que não optam por novas intervenções, podem ser extintas do mercado. Por que são familiares? Não! Por causa do movimento do mundo, da tecnologia, da consciência do sustentável, das pessoas e do planeta. Por não se adequarem, por não efetuarem mudanças e por não se adaptarem a um mundo de grandes transformações.

Buscar novas informações, novas tecnologias, implantar a gestão do conhecimento, pede certo investimento. Muitos temem custo, outros temem o que desconhecem e outros, temem o próprio sucesso.

Efetuar mudanças não é somente implantar algo para cumprir determinadas legislações. Não adianta ter Programas de Qualidade – ISO, Programas de Meritocracia, Avaliações de Performance, tecnologia de ponta e outros, se não houver cultura na empresa para o novo.

Empresas, de produtos ou serviços, que não se modificam e se modernizam, não atraem profissionais de alta performance, não se tornam competitivas, não vendem.

A mudança e o crescimento são aliados do sucesso.

“A mudança não é uma alteração das condições e circunstancias das nossas vidas, é a condição e circunstância das nossas vidas”, (méritos ao autor desconhecido).

 

Eline Rasera, psicóloga, coach e professora do curso de Pós-graduação em Administração de Empresas da IBE-FGV.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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