Medida anunciada por Michel Temer em relação à fusão da Cultura com a Educação é avaliada pelo parlamentar como um retrocesso
Conhecido sobretudo por seu trabalho voltado à cultura municipal, sendo o criador dos maiores eventos artísticos da cidade, tendo ocupado já por quatro vezes o cargo de secretário da Cultura, o vereador Farid Zaine não deixou passar despercebida a fusão anunciada pelo presidente da república em exercício, Michel Temer, entre os Ministérios da Cultura e Educação, até então separados, no âmbito da Câmara de Limeira. Em moção de apelo protocolada nesta segunda-feira, 16, o parlamentar defendeu que o Ministério da Cultura seja separado de outras pastas, conservando sua independência e valorizando suas conquistas.
Para Farid, a fusão de ambos os ministérios significa um retrocesso na luta da cultura brasileira por espaços próprios nos governos. “A fusão da Cultura com a Educação pode resultar num efeito negativo, pela possibilidade do mesmo acontecer em estados e municípios que conseguiram espaços próprios para a Cultura em suas administrações, o que muito nos preocupa”, alertou o vereador.
“A manutenção do Ministério da Cultura é uma reivindicação de artistas de todas as áreas, intelectuais, produtores culturais, técnicos e demais trabalhadores nesse setor, que veem a necessidade dessa manutenção bem como a valorização da cultura brasileira”, argumentou Farid.
Ainda no documento já protocolado na Câmara, o vereador considerou que o Ministério da Cultura foi criado em 1985, pelo decreto 91.144, reconhecendo-se assim a autonomia e a importância desta área fundamental, até então tratada em conjunto com a educação. “Ao longo de sua história, o Ministério da Cultura sofreu alterações, mas retornou à sua condição de Ministério, pela constatação de que isso era absolutamente necessário e procedente”, finalizou Farid.
Como a moção foi protocolada nesta segunda, deve ser discutida e votada pelos vereadores na Sessão Ordinária da próxima semana. Caso seja aprovada, será encaminhada a Temer.