19 de abril de 2024

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Doze doenças comuns no verão: Evite!!

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Queimaduras, alergias e micoses são alguns dos problemas mais frequentes na estação. Medidas de prevenção ajudam a evitar as enfermidades

Usar filtro solar é uma das principais recomendações para se proteger contra os males causados pela incidência de raios solares (Thinkstock) 

As condições climáticas do verão podem causar problemas capazes de arruinar as férias. Queimaduras solares, micoses, desidratação e surtos de doenças como a dengue e a leptospirose são mais comuns nesse período do ano. “Sol, falta de higiene e de saneamento básico são os principais responsáveis pelos problemas”, afirma o infectologista David Salomão Lewi, do Hospital Albert Einstein, em  São Paulo. ”Como o calor favorece a proliferação de bactérias, é preciso redobrar os cuidados com a higiene, tanto pessoal quanto alimentar.” O dermatologista Luís Fernando Tovo, do Hospital Sírio-Libanês, alerta ainda para os perigos da exposição ao sol. “O filtro solar é essencial para manter a saúde da pele e evitar danos imediatos ou futuros”, afirma.

Doenças comuns no verão

Bicho geográfico

Muitos donos de cachorro gostam de levar seus animais para a praia. Um dos problemas desse hábito é que as fezes dos cães podem estar contaminadas com o parasita “Ancylostoma caninum”, causador do bicho geográfico. Em contato com a pele humana, a larva causa lesões avermelhadas que provocam coceira e se caracterizam por um contorno tortuoso, semelhante a um mapa. O tratamento da doença consiste na ingestão da dose única de um vermífugo.

Fitofotodermatoses

Fitofotodermatoses são as queimaduras causadas pelo contato entre a pele e algumas frutas cítricas, como limão e maracujá, somado à exposição solar. Essas queimaduras geralmente desaparecem em cerca de quatro semanas, mas podem levar meses para sumir. A prevenção é simples, mas exige atenção: é preciso lavar muito bem as regiões que tocaram as frutas antes de tomar sol. “É comum ver pessoas que mexem com um limão e, em seguida, colocam a mão na cintura. Antes de ir para o sol, elas lavam as mãos, mas se esquecem da cintura, e ganham uma mancha nessa área”, diz o dermatologista Luís Fernando Tovo.

Desidratação

Quando o organismo perde mais água do que ganha, o funcionamento das células, sensível à falta de água, começa a falhar. Os sintomas da desidratação vão desde secura da pele e da boca até convulsões e coma. Consumir cerca de 1,5 litro do líquido por dia ajuda a manter o corpo hidratado.

Brotoeja

Usar protetor solar é fundamental, mas igualmente importante é saber que tipo de produto aplicar: creme, gel, ou spray. O uso excessivo de filtro em creme pode obstruir as glândulas sudoríparas, o que provoca o aparecimento de bolinhas vermelhas na pele, sintomas de uma inflamação conhecida como brotoeja. “Para quem tem pele oleosa, filtro solar em spray ou em gel é uma boa opção”, aconselha o dermatologista Luís Fernando Tovo.

Infecções gastrointestinais

As infecções gastrointestinais podem ter origem viral ou bacteriana, e geralmente são adquiridas em praias sem saneamento básico e locais que servem comidas mal conservadas. Essas infecções costumam provocar náuseas, diarreias e vômitos. Para evitá-las, é recomendável consumir alimentos como vegetais, carnes e peixes crus apenas em lugares confiáveis, em que se saiba como as comidas são preparadas.

Dengue

O calor e as chuvas de verão formam o ambiente ideal para a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o “Aedes aegypti”. Febre e dores do corpo são sintomas da doença. A prevenção é feita com o uso de repelentes contra insetos e o cuidado de esvaziar recipientes com água parada, onde o mosquito costuma colocar seus ovos. Testes de uma vacina conta a doença estão sendo conduzidos em voluntários desde outubro.

Melasma

Uma breve exposição ao sol pode desencadear em mulheres manchas castanhas na região da testa, da maçã do rosto e do buço. Trata-se do melasma, condição associada a fatores hereditários e hormonais. O uso diário de protetor solar com base, que oferece uma dupla camada de proteção contra a luz visível, ajuda a evitar o problema.

Hepatite A

Um dos perigos da água de praias poluídas é a contaminação do vírus da hepatite A. A doença que provoca náuseas, vômitos e deixa a pele e os olhos amarelados pode ser prevenida com uma vacina – ainda não coberta pelo calendário de vacinação do Ministério da Saúde.

Micose

O calor e a umidade são a combinação perfeita para a proliferação de fungos causadores de micoses, infecções que provocam coceira e manchas brancas ou vermelhas na pele. Manter o corpo seco evita o problema: enxugar-se bem após o banho (principalmente nas regiões das dobras, como axilas e entre os dedos dos pés), não permanecer muito tempo com roupas molhadas e vestir tecidos que favoreçam a transpiração, como o algodão.

Conjuntivite

A propagação de vírus e bactérias favorece o contágio de conjuntivite. Os sintomas da moléstia incluem vermelhidão, inchaço, coceira e sensação de ardência nos olhos. Lavar bem as mãos antes de tocar os olhos e evitar compartilhar pertences como óculos e toalhas ajuda a prevenir a enfermidade.

Câncer de pele

O tipo de câncer mais incidente do mundo pode ser prevenido com o uso diário de protetor solar. O produto deve ser usado meia hora antes de sair ao sol e reaplicado a cada hora, em caso de exposição intensa. É fundamental se expor ao sol nos horários em que os raios estão mais fracos, antes das 10 e depois das 15 horas. Acessórios como chapéus e óculos de sol (o câncer pode atingir a fina pele da pálpebra) oferecem proteção extra à pele.

Leptospirose

A doença causada por uma bactéria presente na urina de ratos é mais incidente no verão, por causa dos alagamentos frequentes que facilitam o contato entre a urina e a pele das pessoas. Febre, dor muscular intensa e olhos amarelados são sintomas da enfermidade, que pode evoluir para um quadro grave de insuficiência renal.

 

*Fontes: David Salomão Lewi, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Luís Fernando Tovo, dermatologista do Hospital Sírio-Libanês, e Caio Castro, dermatologista da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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