28 de março de 2024

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Depois de papelão no Brasil, Espanha chega como favorita para Copa

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Por anos e anos a Espanha sempre cumpriu o mesmo papel na Copa: considerada uma seleção forte, de segundo pelotão, ela não se cansou de decepcionar e perder no mata-mata. Até que em 2010, a Fúria avançou, avançou e finalmente conseguiu seu título, vencendo a Holanda na prorrogação.

Para 2014, a geração vencedora chegou no Brasil tendo repetido como campeã europeia – 2008 e 2012 – e mais favorita do que nunca. Logo no primeiro jogo a Holanda teve uma vingança, não plena, mas que envenenou a campanha: 5 a 1 na estreia, depois uma derrota para o Chile e uma vitória que de nada serviu contra a Austrália. Eliminada na primeira fase.

A seleção se renovou. O multicampeão Vicente Del Bosque se aposentou e Julen Lopetegui assumiu, dando espaço para novos valores sem causar uma verdadeira revolução.

Espinha dorsal experiente

Poucos nomes de 2010 vão entrar nos gramados da Rússia, mas a espinha dorsal de campeões do mundo está formada pelo trio Sergio Ramos, Gerard Pique e Sergio Busquets.

Ramos era lateral em 2010, com Pique e Carles Puyol, ambos do Barcelona, formando a zaga. Desde lá, o jogador do Real Madrid se tornou o capitão da equipe, ganhou quatro Champions League e é inegavelmente um dos melhores do mundo da posição. O mesmo pode se dizer de Pique.

E Busquets continua sendo um jogador de imensa categoria com a bolas nos pés, dando a qualidade na saída de bola que a Espanha necessita e tem como marca nos últimos anos.

E ainda há mais um jogador que você deve conhecer, um tal de Andres Iniesta. A despedida do Barcelona foi emocionante. Da seleção deve ser mais ainda: autor do maior gol da história do país, o contra a Holanda no tempo extra, Iniesta não tem mais o mesmo vigor, mas não tenha dúvidas que ele chega inteiro para mostrar um futebol de altíssimo nível na Rússia.

Os “novos”

Novos está entre aspas porque muitos deles não são novos no sentido de não terem experiência ou só estarem chegando. A maioria deles joga pela seleção espanhola há anos, em uma passada de bastão muito bem feita.

Thiago Alcântara do Bayern de Munique, Isco do Real Madrid e Dani Carvajal também do Real já estiveram em dezenas de jogos importantes, nos maiores palcos do futebol mundial. E eles não deixaram a peteca cair em relação a nível dos times vencedores da Espanha.

David De Gea no gol dá para dizer que é ainda uma evolução. Nada contra Iker Casillas, multivitorioso, mas De Gea pedia passagem com suas excelentes atuações no Manchester United e é sem dúvidas um dos melhores goleiros do mundo.

A maior questão fica mesmo para o comando do ataque. O brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa é um bom jogador, mas na seleção parece que falta algo. Não pode dizer que tem a barreira da língua, já que falar espanhol não é um problema para o atleta, que há tantos anos joga na Espanha.

Porém, mais brigador que cerebral, ele não faz o papel que David Villa tão bem desempenhou em 2010. O atacante Rodrigo, também nascido no Brasil e naturalizado ou então Iago Aspas podem roubar essa vaga. David Silva, jogando como falso 9 e importante em todas as conquistas da equipe recentes, também pode ser uma opção.

Independente de quem seja escolhido para determinadas posições – Koke, do Atlético de Madrid, pode entrar no meio também – a Espanha tem uma seleção com várias opções e grande qualidade técnica. Olho na Fúria na Copa do Mundo.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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