O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), por meio do setor de Combate a Endemias, iniciou neste mês o programa de monitoramento sistemático dos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti com uso de armadilhas para ovos. Foram selecionados 159 imóveis em toda a área urbana do município, seguindo uma grade de 250 metros de raio de distância entre as armadilhas. Desta forma, 159 imóveis em todas as regiões do município serão monitorados semanalmente quanto à presença e infestação do mosquito vetor da dengue. As ações de controle do mosquito serão intensificadas nas áreas onde forem detectados altos índices de infestação. O objetivo é prevenir a transmissão do vírus a partir do controle da população do mosquito.
O coordenador do CCZ, Alexandre Visockas, ressaltou que o controle da população do vetor é a única medida eficaz para prevenir epidemias de dengue. “Além disso, há muitos casos de dengue assintomáticos, ou seja, a pessoa tem dengue, não apresenta sintomas, e pode transmitir o vírus para o mosquito. Este projeto é resultado de uma parceria entre as secretarias de Saúde e Meio Ambiente”, comentou Visockas. “O monitoramento será utilizado como parâmetro para desencadear as ações de combate à dengue nas áreas com maior probabilidade de transmissão. O objetivo é a prevenção da transmissão, reduzindo a população de mosquitos antes que as pessoas sejam contaminadas com o vírus”, explicou o chefe de Combate a Endemias, Luiz Eduardo Chimello de Oliveira.
A armadilha para ovos do mosquito Aedes aegypti constitui de um recipiente plástico contendo água e uma palheta de madeira, onde a fêmea do mosquito bota os ovos. As palhetas são recolhidas por uma dupla de Agentes de Controle de Endemias todas as semanas e encaminhadas para o Laboratório Entomológico do CCZ, onde são analisadas quanto à presença de ovos. Caso a palheta contenha ovos do mosquito, indica que na área onde foi instalada a armadilha há fêmeas do mosquito circulando.
Ações
As ações de controle do vetor realizadas pelos agentes de controle de endemias são as visitas domiciliares para inspeção e orientação à população quanto à medidas preventivas, arrastão de retirada de criadouros, bloqueio e controle de criadouros, nebulização e bloqueio de transmissão, visita a pontos estratégicos e imóveis especiais, busca ativa de suspeitos e atividades de informação, educação e comunicação à população.
A participação da população no controle do vetor é imprescindível para a eficácia dos trabalhos de prevenção à dengue. Entre as medidas preventivas recomendadas pelo CCZ estão: eliminar os pratinhos de vasos de plantas, vedar ou telar caixas d’água, realizar a limpeza das calhas, manter pneus, encerados, garrafas, lonas ou qualquer recipiente que possa acumular água em local seco e coberto, fechar ralos e cuidar dos vasos de planta para que não acumulem água. “Em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos ou dor nas articulações, o munícipe deve procurar atendimento médico e não fazer automedicação”, disse Visockas.
Foto: Divulgação/CCZ