20 de abril de 2024

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‘Dedos’ de silicone são apreendidos em autoescola de Muzambinho, MG

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Diretor e dono do CFC são investigados por suposta fraude ao Detran.
Polícia investiga possível uso de moldes para burlar sistema biométrico.

 

Uma autoescola de Muzambinho (MG) é investigada por suspeita de fraude contra o Departamento de Trânsito (Detran) de Minas Gerais. A Polícia Civil recolheu duas digitais de silicone que podem ter sido usadas para burlar o sistema biométrico do Detran.

Segundo o delegado Adnan Cassiano Grava, o caso ainda é investigado. “ A suspeita é de que os moldes tenham sido usados para enganar o sistema biométrico do Departamento de Trânsito.  Encontramos digitais do dono da autoescola, Donizete de Faria e do diretor de ensino, Samuel Garcia, que são os suspeitos investigados ”, disse.

Por telefone, Donizete de Faria disse que não utilizou os moldes de silicone e que eles foram confeccionados durante uma brincadeira. Já o outro suspeito não falou sobre o caso.

De acordo com Hilquias Araújo Garcia, advogado responsável pela autoescola, os moldes das digitais encontradas na empresa não eram utilizados para burlar o sistema. “Os moldes existem, mas nunca foram utilizados no Centro de Formação de Condutores (CFC)”, disse o advogado.

Três instrutores trabalham na autoescola e um deles não é credenciado pelo Detran de Minas Gerais. “Ele ministrava aulas, mas por conta da falta de credenciamento as atividades dele eram acompanhadas por outro instrutor credenciado. A empresa já estava providenciando a documentação necessária”, justificou Garcia.

Autoescola é investigada suspeita de usar digitais de silicone para fraudar presenças (Foto: Reprodução EPTV)Autoescola é investigada suspeita de usar digitais de silicone para fraudar presenças (Foto: Reprodução EPTV)

Além das digitais de silicone, outros materiais da autoescola foram apreendidos e encaminhados à perícia da Polícia Civil. “Apreendemos também um computador e equipamentos próprios ao sistema biométrico. Vamos analisar se eles foram utilizados, o que acreditamos que sim, e quantas vezes isso aconteceu e também para quais alunos”, comentou o delegado.

De acordo com o delegado, o sistema biométrico nos CFCs de Minas Gerais foi instalado em 2010 e através dele é possível controlar, com as digitais dos alunos, a frequência deles nas aulas obrigatórias. Os instrutores também utilizam a assinatura digitam e devem ser credenciados pelo Detran de Minas Gerais.

O sistema tem o objetivo de ser mais seguro e evitar fraudes no processo de habilitação dos novos condutores. Outros lugares, como clubes, academias e comércios já utilizam a leitura biométrica tanto para funcionários como para clientes.

Fonte: G1

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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