28 de março de 2024

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De virada, Brasil vence Marrocos por 3 a 1 na estreia do futebol de cinco

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A seleção brasileira de futebol de cinco confirmou o favoritismo e estreou com vítoria na Paralimpíada do Rio de Janeiro. Em partida disputada no Centro Olímpico de Tênis, o Brasil venceu o Marrocos de virada, por 3 a 1. Os gols foram marcados por Ricardinho, Jefinho e Nonato (Brasil) e Hattab (Marrocos).

Cerca de 60% dos lugares da arena estavam ocupados, às 9h, por torcedores. Assim como no goalball, o futebol de cinco exige silêncio, uma vez que os jogadores (com exceção dos goleiros) se guiam apenas pelo som dos guizos que estão dentro da bola. Em pedidos de tempo técnico, a torcida gritava “Brasil, Brasil” e entoava músicas típicas de estádios de futebol.

Do outro lado, o Marrocos também tinha apoio. Cinco torcedores gritavam “Morocco, Morocco” cada vez que os brasileiros se manifestavam. O apoio deu certo no primeiro tempo, apesar do domínio do Brasil (que teve 73% da posse de bola e 6 chutes a gols contra 2 do Marrocos), e, aos 13 minutos, o Marrocos marcou. Hattab, que já havia incomodado a defesa brasileira uma vez, ganhou de Cássio na dividida e conseguiu chutar no canto inferior direito de Luan para abrir o placar.

Depois que tomou o gol, o Brasil foi para frente. Mas esbarrou no jogador destaque da primeira etapa, o goleiro Bara. Além de fazer ótimas defesas, ele pegou dois pênaltis: um de Ricardinho e um de Nonato. Os dois chutes foram no canto inferior esquerdo do gol.

Virada no segundo tempo

Durante o intervalo do jogo, a animação ficou por conta de um desafio a Tom, mascote da Paralimpíada. Se ele acertasse um chute a gol de olhos vendados, a bola do jogo seria dada à torcida. Quando o pênalti do homem vestido de boneco foi convertido, todos vibraram. O locutor aproveitou para relembrar uma regra básica do jogo: vibração só depois do gol. Durante a jogada, o melhor a fazer é silêncio.

Depois do intervalo, a seleção brasileira conseguiu furar a barreira de Bara. Aos seis minutos do segundo tempo, o Brasil marcou um golaço. Ricardinho recebeu na ponta esquerda, driblou o marcador com habilidade e chutou cruzado. A bola entrou perto do ângulo direito do gol de Bara, que nada pode fazer. A torcida se agitou com o ponto.

O gol deu a tranquilidade necessária para o Brasil. Aos 11 minutos do segundo tempo, a seleção virou o placar. Jefinho, que já havia realizado boas jogadas, carregou a bola pela ponta direita, driblou o marcador com categoria e chutou cruzado no canto esquerdo.

Logo após o segundo gol, Ricardinho saiu de campo para dar lugar a Damião. O craque da seleção foi extremamente aplaudido. No mesmo minuto, Nonato marcou o gol mais bonito do jogo. Ele recebeu a bola no meio de campo, se aproveitou da defesa adversária recuada, driblou dois e chutou no canto esquerdo.

Aos 44 minutos, foi a vez de Jefinho ser substituído por Tiago. Mais uma vez, a torcida se manifestou. Até o fim do jogo, a seleção baixou o ritmo e se limitou a deter as tentativas de gol do Marrocos, principalmente com Hattab. No final, Brasil 3 a 1.

Avaliações

Após a partida, o técnico da seleção brasileira de futebol de cinco, Fábio Vasconcelos, avaliou que o jogo foi mais duro do que se esperava. “Teoricamente, a seleção do Marrocos é a mais fraca do nosso grupo. Mas a partida não foi fácil. Foi até bom passar por isso já na estreia de sofrer um gol e ter que virar. Isso nos dá mais experiência. O bom foi que eles fizeram um gol e ficaram só na defesa. No final, eles cansaram e a gente conseguiu marcar”, afirmou.

Na próxima rodada, o Brasil enfrenta a Turquia. Para Vasconcelos, a partida promete. “A Turquia tem um esquema tático definido e defende bem. Vamos treinar neste sábado para montar o time para o segundo jogo”, afirmou. Até lá, o técnico espera contar com a força da torcida. “Eles foram incríveis”, afirmou.

Ricardinho confirmou que a torcida teve papel fundamental para a vitória. “Começamos perdendo. A bola não entrava. Mas a torcida nos ajudou muito”. Ele descreveu que a marcação chegou a assustar. “Hoje, tive um pouco de preocupação porque eu venho de uma lesão. Mas consegui me livrar deles. Nos gols, por exemplo, sabia que o caminho era chutar cruzado”, completou.

 

 

Agência Brasil

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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