29 de março de 2024

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De ex-secretário de Agricultura de SP a técnica de apoio à pesquisa, IZ reconhece seus colaboradores de maior destaque, em 111 anos

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O aniversário do Instituto de Zootecnia (IZ) – 15 de julho – foi marcado por homenagens a seus servidores. A Maestrello Consultoria Linguística, que antecipou a importância dessa iniciativa em reportagem especial, prestigiou o evento de comemoração aos 111 anos da instituição de pesquisa, sua parceira e conterrânea.

Para celebrar a data, o “Prêmio Barisson Villares”, categoria funcionário destaque, foi entregue para a técnica de apoio à pesquisa, Rosângela Maria Furtado Maito; Leopoldo Andrade de Figueiredo foi o pesquisador homenageado; e, como empresa colaboradora, a CRV Lagoa foi reconhecida pela reprodução do material genético do IZ. A comemoração ainda contou com a “Palestra Desafio da Pecuária Sustentável”, do engenheiro agrônomo, Fernando Sampaio.

“De Carlos Botellho a Rosângela Maito, a história do Instituto de Zootecnia tem sido construída graças à dedicação de seus colaboradores. Orgulho-me por tê-lo como vizinho e por trabalhar em favor de sua conservação como patrimônio cultural novaodessense”, afirmou a diretora executiva da startup educacional, Ana Lúcia Maestrelllo.

Para a advogada e pesquisadora, Glacy Weber Ruiz Cavallaro, Carlos José de Arruda Botelho pode ser considerado o primeiro colaborador da instituição e principal colonizador de Nova Odessa (SP), pois, segundo ela, o município foi abandonado pelos colonos iniciais, os judeus russos, e só se desenvolveu quando Botelho canalizou para o “Paraíso do Verde” a imigração leta. A historiadora ainda destaca a preocupação do então secretário de agricultura do Estado com a sustentabilidade: “ligado ao campo pelos seus antecedentes e dono de propriedades rurais de importância, ele não se conformava com o ‘rocetrismo’ dos processos agrícolas que vinham esgotando desnecessariamente o nosso solo e se dispôs a demonstrar que, com ânimo, inteligência e estudos, poderíamos revolucionar a agropecuária, multiplicando a produção com a mesma soma de esforços e despesas, preservando, além de tudo, a fertilidade da terra”.

O secretário de governo da cidade, Wagner Morais, fez questão de ressaltar a importância dos servidores do IZ para a construção de sua história, pedindo uma salva de palmas a todos eles, logo no início de seu discurso. “O instituto leva o nome de Nova Odessa para muitos lugares e tenho orgulho de falar que ele fica aqui”, enfatizou o representando da Prefeitura Municipal.

No evento

“Esta casa é um exemplo de pesquisas e inovação tecnológica, contribuindo para que o Brasil se tornasse o maior exportador de carnes do mundo”, disse Orlando Melo de Castro, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), organização da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), a qual pertence a instituição de pesquisa.

Diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e presidente do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), Sampaio informou que o país exporta carne para 136 países, passamos de importador para exportador, num curto espaço de tempo. “Devemos isso muito à pesquisa agropecuária. Lembrando que o IZ também tem trabalhado pela sustentabilidade no setor, há 111 anos”, ressaltou o palestrante.

Divulgado na última sexta-feira (15), o estudo “Brasil – Projeções do Agronegócio 2015/16 a 2025/26”, do Ministério da Agricultura e Pecuária, aponta que a safra de grãos deverá passar de 196,5 milhões de toneladas para 255,3 milhões, no período – aumento de 30% -, com possibilidade de chegar a 301,3 milhões. Já a estimativa para a produção de carnes (bovina, suína e aves) é de um crescimento de 7,8 milhões de toneladas (29,8%).

O secretário-adjunto da SAA, Rubens Rizek, falou que o Instituto de Zootecnia tem deixado um grande legado, mas também tem que olhar para o futuro. “Nossa pesquisa e desenvolvimento na área de produção de proteína animal pode garantir a segurança alimentar do planeta. Vale destacar que 54% de toda a produção de metano é proveniente do arroto dos bois, então a pesquisa do instituto para a diminuição do tempo de abate de gado é fundamental para a manutenção da vida na Terra”, comentou Rizek.

“Parabenizo o IZ pelos 111 anos de serviços prestados em prol da sociedade. Estou aqui para reafirmar nossa parceria na área de pesquisa. Temos 250 professores que podem colaborar com os seus estudos para o avanço da sustentabilidade agropecuária, especialmente na diminuição de gases do efeito estufa”, afirmou Durval Dourado Neto, representante da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiros (Esalq-USP), que também teve Carlos Botelho como um de seus principais colaboradores.

 

 

Juan Piva – Assessoria

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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