28 de março de 2024

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Copaíba, o bálsamo da floresta

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Copaíba no Parque da Aclimação. Foto: Mauro Guanandi (domínio público)

A copaíba (Copaifera spp.) tornou-se conhecida em várias partes do mundo por causa do óleo extraído de seu tronco, que pode chegar a 30 metros de altura e até um metro de diâmetro.

O óleo, que a tornou tão famosa, pode ser usado para diferentes fins – fabricação de biodiesel e também de tintas e vernizes, produção de cosméticos, além de seu poderoso uso medicinal.

São atribuídos ao óleo de copaíba propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e antimicrobianas. É indicado no tratamento de tosses, catarros e bronquites por causa de sua ação expectorante. Pode ser usado ainda contra reumatismo e dores musculares.

Para que tem problemas com caspa, é só procurar um xampu contendo o óleo de copaíba. Ele age contra a oleosidade e a seborreia do couro cabeludo e deixa os fios dos cabelos brilhantes e macios.

As abelhas são atraídas por suas flores pequenas e brancas, fabricando um excelente mel, e se transformando ainda em suas principais polinizadoras. Seu fruto quando amadurecido se rompe, expondo uma semente preta coberta por polpa carnosa, alaranjada e perfumada, muito apreciada por pássaros, especialmente os sabiás, que acabam dispersando essas sementes, ajudando assim no plantio de novas árvores.

Isso tudo, são pequenos exemplos de tudo quanto pode ser oferecido por essa árvore que se estende por quase todo o Brasil, da Amazônia ao Rio Grande do Sul. Os primeiros habitantes deste país, os índios, há mais de 500 anos já usavam a resina de copaíba para cicatrizar feridas, estancar sangramentos, combater picadas de inseto, enfim aliviar as mais diversas dores.

Mas, apesar de tanta generosidade, a copaíba está quase ameaçada de extinção. Ela é uma espécie longeva (vive cerca de 400 anos), porém demora a crescer e só frutifica depois de 10 anos. A extração de madeira, a fragmentação de territórios, a diminuição de fauna contribuem para a redução da espécie.

Contudo, há esperança para nosso bálsamo da floresta. A copaíba é recomendada e tem sido utilizada nos projetos de recuperação de áreas degradadas e de recomposição de matas ciliares, em, especial, o Programa Nascentes. Assim, mais um “milagre” se acrescenta a longa lista desta árvore – a sua sobrevivência.

 

 

Texto: Cris Leite

Sistema Ambiental Paulista

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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