28 de março de 2024

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‘Contos desencantados’ sobre crianças refugiadas estimulam o compartilhamento de atos de humanidade

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As imagens do pequeno Aylan Kurdi morto em uma praia da Turquia viraram símbolo do pesadelo de refugiados. A história desencantada desse sírio-curdo de três anos reflete a vida de muitos outros meninos e meninas que lutam contra conflitos, perseguições e a pobreza, diariamente. Pensando nisso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lança, neste mês, uma série de animações para sensibilizar o mundo a respeito dos horrores que pelo menos 65 milhões de crianças e jovens deslocados vêm enfrentando.

O projeto, denominado Unfairy (Contos Desencantados ou Contos que não são de fadas), divulga três filmes, acompanhados de livros didáticos, sobre adolescentes que fogem da guerra na Síria. Os desenhos enfatizam que crianças são crianças não importam de onde venham, e que cada uma delas tem direitos e merece oportunidades justas.

As produções fazem parte da iniciativa #ActOfHumanity (#AtosDeHumanidade), que pretende mobilizar o público com mensagens nas redes sociais. “Para participar, basta compartilhar um ato de humanidade em relação a crianças e jovens refugiados e migrantes utilizando a hashtag #actofhumanity”, informa a agência da Organização das Nações Unidas (ONU).

Direitos Humanos

Startup social de Nova Odessa (SP), voltada para as áreas de Educação e Comunicação Social, a Maestrello Consultoria Linguística utiliza-se dos contos de fadas para promover a Literatura e o Empreendedorismo socioambientais. “Essas histórias mexem com o imaginário da garotada, sensibilizando para a construção de um mundo melhor. A proposta dos ‘contos de fadas às avessas’, ao invés de já mostrar finais felizes, estimula-nos à cocriação de enredos que levarão a esse desfecho, na vida real”, ressalta a diretora executiva da empresa, Ana Lúcia Maestrello.

Num de seus atos de humanidade, a consultoria ministrou uma oficina gratuita de Empreendedorismo Socioambiental para os internos da Fundação Casa, de Piracicaba (SP), no Dia Internacional dos Direitos Humanos. Na ocasião, a palestrante Ana lembrou a canção Prelúdio, de Raul Seixas, para justificar sua atividade de construção coletiva do desenvolvimento sustentável: sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade.

As animações

Um dos filmes – “Ivine e o travesseiro” – da série do Unicef reproduz a história da adolescente Ivine, de 14 anos, e de seu travesseiro. Depois de uma fuga perigosa da Síria, Ivine instala-se em um campo de refugiados na Alemanha apenas para enfrentar novos desafios. “Malak e o barco” conta a viagem de uma menina de sete anos num barco furado. A terceira animação descreve a história de Mustafa, de 13 anos, que depois de deixar sua casa, imagina quem restou para ser seu amigo.

“As histórias dessas três crianças não são incomuns. Em todo o mundo, pelo menos 65 milhões de crianças e jovens estão em movimento – fugindo de conflitos, pobreza ou climas extremos – em busca de uma vida mais estável e de um lugar que possam chamar de lar”, destaca a diretora global de Comunicação do fundo, Paloma Escudero.

O projeto foi elaborado e concebido em parceria com a agência 180LA e com a colaboração dos estúdios de animação Consulado, House of Colors, Bubba’s Chop Shop e Gilles+Cecilie Studio. A Media Monks ficou responsável por produzir o livro interativo.

 

 

Juan Piva

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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