28 de março de 2024

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China define meta de crescimento de 7,5% para 2014

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Governo pretende acelerar desenvolvimento de economia mista – estatal e privada – e anuncia também um aumento de 12,2% no orçamento da Defesa

 

Grande Salão do Povo recebe sessão anual do Legislativo chinês
Grande Salão do Povo recebe sessão anual do Legislativo chinês (Mark Ralston/AFP)

O governo chinês anunciou nesta quarta-feira que tem como estimativa um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 7,5% para este ano. A meta é levemente inferior ao resultado de 2013, quando o aumento foi de 7,7%. O país garantiu que acelerará o desenvolvimento de uma economia de propriedade mista e permitirá um volume cada vez maior de capital privado nas empresas estatais de setores-chave como o energético, o ferroviário e o de telecomunicações.

“Formularemos medidas para a entrada de capital não público aos projetos de investimento das empresas governamentais”, disse hoje o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, ao ler o relatório de objetivos estatais na abertura da sessão anual da Assembleia Nacional Popular – o principal órgão do Legislativo chinês. O planejamento deverá ser submetido à votação no encerramento das reuniões da assembleia, no dia 13 de março.

Sem oferecer mais detalhes sobre as medidas, o documento lido pelo primeiro-ministro acrescenta que será permitida a entrada de capital privado nos setores mencionados e também no bancário, no elétrico e no de serviços. O governo mencionou especificamente a reforma do setor ferroviário, cujo Ministério de Ferrovias foi desmantelado no ano passado, após uma série de escândalos de corrupção, e também novas medidas destinadas ao setor financeiro.

O aumento de capital privado na economia chinesa já foi decidido em novembro do ano passado durante a sessão anual do Partido Comunista Chinês, após ter sido anunciado um amplo pacote de reformas, tanto econômicas como sociais. Em meados de fevereiro, a companhia petrolífera chinesa Sinopec revelou que atrairia capital privado para comercializar e vender seus produtos no mercado de forma conjunta, no que representou a primeira abertura do outrora monopolizado setor.

Defesa – A China também anunciou um aumento de 12,2% em seu orçamento de Defesa para 2014, previsto para os 808,2 bilhões de iuanes (equivalentes a cerca de 132 bilhões de dólares ou 310 bilhões de reais).

Após a divulgação do aumento no orçamento militar, o Japão mostrou “preocupação” pela falta de transparência e afirmou que os gastos de Defesa da China provocam dúvidas em outros países. O ministro porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, afirmou que “a política de defesa da China e a falta de transparência é um motivo de preocupação para a comunidade internacional”, segundo declarações divulgadas pelo jornal Sankei.

Suga lembrou que o Japão dedica apenas 0,8% de seu orçamento aos gastos militares. Por sua parte, o ministro da Defesa japonês, Itsunori Onodera, também apontou que “há dúvidas da comunidade internacional sobre os dados divulgados pela China e o que se considera o número real. Desejaria mais transparência”.

Modernização – Potências como Estados Unidos e Japão costumam ano após ano criticar o aumento orçamentário, que consideram excessivo, embora Pequim afirme que responde unicamente ao objetivo de modernizar as Forças Armadas, que durante décadas se centraram mais em quantidade de soldados que em avanços tecnológicos.

Neste sentido, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang destacou em seu discurso na Assembleia Nacional Popular que a China “alçará o estandarte da paz”, mas também “salvaguardará sua soberania e a ordem internacional do pós-guerra”, em referência aos seus atuais conflitos territoriais com nações como o Japão.

O Exército chinês, com mais de dois milhões de soldados, é o maior do mundo em número de militares.

(Com agência EFE)

 

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