29 de março de 2024

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CAPIVARI – Galeria Tarsila do Amaral recebe visita de 300 alunos de Campinas

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Espaço inaugurado em fevereiro tem cerca de 100 reproduções de obras da artista capivariana

A Galeria Tarsila do Amaral, espaço cultural de Capivari dedicado à vida e obras da pintora e desenhista capivariana Tarsila do Amaral (1886-1973), propulsora do movimento modernista brasileiro, recebeu na última semana a visita de 300 alunos da Escola Estadual Dr. Manoel Alexandre Marcondes Machado, de Campinas. Os estudantes foram divididos em 16 turmas e recepcionados pela técnica em museologia Gabriela Fiuza, coordenadora do local.

Inaugurada em 22 de fevereiro de 2018, a Galeria Tarsila do Amaral tem cerca de 100 reproduções de obras de autoria de Tarsila, confeccionadas por artistas de Capivari e de cidades da região e por discentes de escolas do município onde a artista nasceu. Há releituras de quadros como A Lua (1928), Abaporu (1928) e Operários (1933). Algumas peças foram produzidas com rolo de papel higiênico, macarrão, forma de doces e colher de pau. No local há, ainda, um painel com a linha do tempo de Tarsila, acompanhada de imagens, livros alusivos à artista e uma sala para atividades artísticas.

Professora de artes da Escola Estadual Dr. Manoel Alexandre Marcondes Machado, Cristina Queiroz Custódio foi quem teve a iniciativa de organizar a visita dos alunos à galeria. “Todos os anos escolhemos um artista para estudar durante as aulas. Desta vez, foi a Tarsila. Após pesquisas, então, descobri a galeria e achei importante proporcionar esta experiência aos estudantes. Sair do ambiente tradicional escolar causa entusiasmo neles e possibilita outra maneira de adquirir conhecimento”, comentou a docente.

Aluna do terceiro ano da escola, Ana Julia Soares de Menezes, 9, aprovou a visitação. “Eu nunca havia visitado uma galeria de arte e foi muito gostoso ver de perto quadros que representam os originais da Tarsila. O colorido das obras dela é muito bonito”, afirmou. “Eu penso em ser estilista quando crescer, então, acho muito importante estar em contato com a arte de diversas maneiras”, acrescentou Maria Clara Ayala Aguilera, 10, outra estudante que conheceu a galeria.

Para Pedro Pereira, 10, a visita à Galeria Tarsila do Amaral proporcionou mais conhecimento a ele. “A professora nos apresentou várias coisas em sala de aula sobre a Tarsila, mas ver de perto as reproduções das obras dela é muito legal. Aprendi bastante”, disse.

As visitas à Galeria Tarsila do Amaral podem ser monitoradas. A entrada é gratuita. O horário de funcionamento do local é terça e quarta-feira, das 12h às 17h e das 18h às 21h; quinta e sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, e sábado, das 9h às 12h e das 13h às 18h. Para agendamento de visitações em grupos é necessário enviar mensagem para tarsiladoamaral@capivari.sp.gov.br.

“Nossa forma de trabalho com as visitas agendadas é totalmente direcionada ao público específico da visitação, conforme a faixa etária. Fazemos o acolhimento, com possibilidade de exibição de vídeo, organizamos roda de conversa, realizamos a visita e, por fim, inserimos atividades de fixação, jogos”, explicou a coordenadora da casa, Gabriela.

O endereço da galeria é avenida Cândito Motta, 18, vila Benjamin (Bairro Estação). Informações: (19) 3491-1322.

TARSILA – Nascida em 1 de Setembro de 1886, na Fazenda São Bernardo, em Capivari, Tarsila do Amaral estudou com diversos artistas, tanto no Brasil quanto no exterior. Teve como mestres William Zadig, Pedro Alexandrino, Georg Elpons, entre outros. Na década de 1920, iniciou a chamada Fase Pau-Brasil, com produções voltadas a temáticas nacionais. A tela Abaporu, que pintou em 1928, inspirou o movimento antropofágico, manifestação artística desencadeada por Oswald de Andrade e Raul Bopp com o intuito de assimilar outras culturas, mas não copiá-las. Em 1933, depois de viagem à União Soviética, começou uma fase voltada para temas sociais, com as obras Operários e 2ª Classe. As principais características dos trabalhos de Tarsila são uso de cores vivas e formas geométricas (influência do cubismo, movimento artístico surgido na França) e abordagem de temas sociais, cotidianos e paisagens do Brasil. Tarsila morreu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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