28 de março de 2024

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Capacitação sobre “Justiça Restaurativa” reúne 90 participantes em Americana

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A capacitação sobre os fundamentos filosóficos e teóricos da “Justiça Restaurativa” reuniu, na manhã desta quinta-feira (27), no Campus Maria Auxiliadora do Centro Universitário Salesiano de Americana (UNISAL), cerca de 90 participantes. A palestrante, professora e facilitadora, Fernanda Laender R. de Oliveira, destacou a importância da “J.R.” na busca de novos caminhos para fortalecer o trabalho de articulação em rede e do Sistema de Garantia de Direitos, sobretudo voltado para crianças e adolescentes, para reconhecer e diminuir a violência.

“A Justiça Restaurativa é uma possibilidade de encontrar novos caminhos para trazer resultados e tentar reverter a situação de violência nos locais que a gente ocupa, uma vez que o Brasil é um dos países mais violentos do mundo. A capacitação também é um momento para refletirmos sobre como as violências estruturais estão presentes e como a Justiça Restaurativa pode transformar a perspectiva de conflitos. O processo da Justiça Restaurativa é bastante amplo. É mais do que uma técnica, uma metodologia. É, sobretudo, uma possibilidade de trocar as lentes, enxergar os conflitos e a violência de uma outra ótica. As pessoas podem encontrar caminhos, reconhecerem suas próprias violências, para que a gente consiga também reconhecer as violências dos outros”, explicou Fernanda, que é integrante do Núcleo Comunitário de Justiça Restaurativa Desabotoar.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Americana (CMDCA), Antonio Dias da Fonseca, ressaltou a importância do evento e da participação de profissionais de diversos segmentos da sociedade. “A capacitação é importante para que a Justiça Restauradora seja cada vez mais conhecida e sua prática seja ampliada e utilizada pelos profissionais”.

O envolvimento da sociedade no processo de resolução de conflitos foi destacado pelo secretário de Ação Social e Desenvolvimento Humano, Aílton Gonçalves Dias Filho. “Precisamos nos esforçar para viver bem em sociedade, buscando caminhos que apontem resultados para a resolução dos problemas. Já avançamos muito em tecnologias, mas estamos engatinhando na questão das emoções. A Justiça Restaurativa tem este objetivo. Vivermos em paz conosco e com os outros”.

O secretário de Saúde, Gleberson Miano, também falou sobre o tema apresentado. “É de suma importância a discussão do tema. Nossas crianças e adolescentes precisam de apoio. Temos que procurar soluções que sejam apropriadas para cada conflito. Precisamos fazer nossa parte neste processo de busca e aplicação da Justiça Restaurativa”.

“A Educação é o caminho. E a Justiça Restaurativa é o melhor caminho que temos hoje. Precisamos de apoio, dos professores e de valores humanos. A Educação é feita de seres humanos para seres humanos. Assim, começamos a mudar a sociedade”, disse a educadora Josiane Moreira, dirigente regional de ensino.

A capacitação sobre “Justiça Restaurativa” faz parte do projeto “Capacitar e Construir: Fortalecendo o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente e os Serviços de Alta Complexidade”. O projeto é realizado em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Americana (CMDCA) e a Fundação Itaú Social e executado pela COASSEJE – Casa de Orientação e Assistência Social Seareiros de Jesus.

O evento contou com a participação de Robert do Nascimento, representando a UNISAL, de conselheiros tutelares, educadores, representantes da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, integrantes dos Conselhos de Direitos, de entidades, entre outros segmentos.

Fotos: Marília Pierre

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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