Campinas ganhou a primeira Casa de Passagem voltada para moradores de rua em idade adulta. Com um conceito mais humanizado, o local tem capacidade para atender 17 homens e 8 mulheres, com funcionamento 24 horas por dia e possibilidade de permanência entre três e seis meses.
De acordo com um levantamento da Secretaria de Assistência Social, a cidade tem atualmente 602 pessoas em condição de rua. Número que permaneceu estável em relação ao ano passado.
Na casa , são disponíveis 25 vagas. A secretária da pasta, Jane Valente, explica que embora o número pareça pequeno, a intenção é trabalhar com o indivíduo. Esta inclusive, seria uma tendência nas políticas públicas. Para ela, além da integração de outras secretarias, o envolvimento da sociedade também é bastante importante para o processo.
Um dos moradores de rua, que buscou o serviço, perdeu o emprego recentemente, o que agravou a situação que já se encontrava. O homem de 37 anos, que não quis se identificar, fala da dependência do álcool e de drogas, mas mostra força de vontade em largar os vícios. Para ele, o principal diferencial da casa é o apoio que recebido, a independência e a identificação como um ambiente familiar.
Fátima Aparecida Sanches também procurou o apoio da Casa de Passagem. Ela já teve algumas oportunidades de ressocialização e vislumbra uma vida melhor. A ex-moradora de rua de 54 anos, sente a diferença no tratamento dentro da casa, que de acordo com ela é bem diferente dos albergues da cidade.
A solenidade de inauguração da Casa contou com a participação dos próprios moradores de rua, representantes da Secretaria de Assistência Social e do Instituto Padre Haroldo.
Fonte: CBN
Glaucia Franchini