28 de março de 2024

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Atividade física é um meio para sair das limitações e chegar nas potencialidades

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Os Jogos Paralímpicos têm colocado em evidência, nas últimas décadas, o esporte para pessoas com deficiência. Desde 1988, eles são realizados na mesma sede, poucas semanas após os Jogos Olímpicos. Esses eventos trazem visibilidade às potencialidades de pessoas que tendem a ser subjugadas em outros contextos sociais, devido a suas limitações físicas. Em um histórico recente, as comparações de rendimento esportivo de Jogos Olímpicos e Paralímpicos se tornaram comuns. A participação do corredor Oscar Pistorius, com próteses nas duas pernas, na equipe de revezamento da África do Sul no atletismo nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, foi um marco para a história do esporte – tanto olímpico como Paralímpico.

Embora os Jogos Paralímpicos sirvam como vitrine para grandes demonstrações, a prática de atividade física e esporte por pessoas com deficiência tem propósitos que vão além do desempenho atlético. Há indícios históricos que algumas atividades hoje consideradas modalidades esportivas serviam para fins terapêuticos há milhares de anos. Atualmente, para além dos benefícios físicos, a possibilidade de criar relacionamentos e interações sociais, a melhoria na autoestima e na confiança, são incentivos extra para a participação nessas atividades.

Entre as pessoas com deficiência, existem diversos tipos e graus, demonstrando que cada caso precisa de uma avaliação específica. Nesse sentido, há um número crescente de profissionais e instituições que se especializam no trabalho com esse público. Atividades esportivas podem proporcionar o sentimento de pertencimento a um grupo e o prazer da prática, além de desenvolver habilidades específicas nas modalidades e capacidades físicas que auxiliam na qualidade de vida. Atividades físicas personalizadas podem melhorar o atendimento das necessidades específicas, como alongamento e fortalecimento, no caso de deficiências físicas, especialmente em graus maiores de comprometimento. Nesses casos, elas complementam as atividades fisioterápicas, que visam a reabilitação e a redução dos impactos dos comprometimentos.

Na perspectiva da inclusão, mais do que um discurso, ainda há muito a ser feito. Podemos reconhecer que as pessoas têm diferentes níveis de habilidades, independentemente de qualquer condição pontual ou crônica. Ainda assim, é comum identificar a exclusão de pessoas com deficiência na escola ou no lazer, assim como ocorre com aqueles menos habilidosos, menos velozes ou menos ágeis. Por isso, a inclusão precisa estar presente na formação, nas reflexões e na prática dos profissionais, invertendo a perspectiva da deficiência para considerar as diferentes habilidades e potencialidades existentes entre os seres humanos.

Autora: Prof. Dra. Bárbara Schausteck de Almeida da Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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