29 de março de 2024

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ARTIGO – Riqueza Versus Pobreza – por Douglas Nogueira

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Riqueza versus pobreza, diferenças, contrariedades, um mundo, outro mundo, uma vida, outra vida.

         Na riqueza o sentir interior é o que menos importa, o materialismo reina soberano no primeiro plano, a vida hoje é o importante, o amanhã já está garantido, portanto, para que se preocupar se minha geladeira transborda de alimentos, se minha conta bancária já não apresenta espaço para uma nota se quer, se andar de carrão tornou-se rotina, para que se preocupar? Para quê?

         O mundo da riqueza é assim, um pouco tanto quanto egoísta, materialista. O que o meu irmão necessita ou sente fica a critério dele mesmo, não importa para mim. Estou bem, rico (a), vou aonde quero e da forma que eu bem desejar, humilho os outros, pois tenho dinheiro! Se a caso eu falhar e cair nos laços da polícia, da justiça, sei que nada me acontecerá, cadeia nem pensar, porque tenho dinheiro! Mergulho na riqueza, na soberania material! Sendo assim, penso: que vida maravilhosa! Nem morrer quero mais! Mas apesar de todo esse poder aquisitivo, as vezes não sinto-me feliz, completo(a), falta algo em minha felicidade, preciso achar.

         Nas viagens que faço a alegria momentânea, cerca-me de sorrisos. Mas vejo pessoas pelas ruas pedindo-me uma ajuda, para tirá-las de tal situação constrangedora, no entanto olho com desprezo, ignorando-as e esquecendo que as mesmas possuem os idênticos sentimentos que tenho.

         Minha família vive no bem-bom, meus filhos estão se formando nas melhores universidades, minha esposa gerencia uma das diversas empresas que temos. Acho que sou feliz! Me preocupar com o próximo, com o sentimento dele? Para quê? Quero aumentar cada vez mais minha riqueza, deixando o amanhã sempre garantido.

         É! Esse é o mundo da riqueza, a pessoa possui tudo, mas na verdade nada tem, falta-lhe tudo.

         No subúrbio da cidade, mora a humilde e lutadora família, seus sorrisos são observados pela chefe pobreza. Nessa casinha tão pequena e judiada por falta de recursos, o aconchego do amor toma a sua vez e reina soberano, ali o egoísmo é coisa rara, não tem muito espaço.

         A ganância dentro daqueles corações é apenas por um motivo; crescer e vencer na vida. A adolescente que dorme na desestruturada caminha, sonha um dia com a passarela da moda, ao seu lado em um colchão mal cheiroso o rapaz antes do sono imagina em longos pensamentos seu futuro poder aquisitivo, que irá culminar em sustentar toda a sua casa. Na cozinha porém, a mãe e o pai calculam sem parar como farão para não serem brutamente despejados, crucificados pela sociedade, que sem piedade alguma pisa naqueles os quais a pobreza já machuca.

         A falta de comida é compensada com alegria de viver, de estar ainda de pé para correr atrás do prejuízo que a vida resolveu lhes causar. Todavia, mesmo vivendo nessa cruel falta de recurso, o mínimo que possuem doam, não hesitam em ajudar seus vizinhos, seus parentes, aqueles que em pior situação se encontram.

         Naquela família a realização de uma festinha é algo raro, difícil de acontecer, entretanto quando realizada, tudo sai as mil maravilhas, porque o amor e o respeito reinam soberanos.

         A compensação daqueles jovens sonhadores de não poderem cursar uma faculdade, fica a mercê da garra, da criatividade, da força de vontade, pois nada terão nas mãos, a luta será árdua para vencerem, mas compensadora e aí poderão ser maiores destaques na sociedade, do que aqueles que tudo possuem.

         Que mundos diferentes, que vidas opostas, riqueza versus pobreza.

         O ser humano quando saciado seus desejos materiais dormindo e acordando ao lado da riqueza, esquece-se de seus irmãos, de sua gente, lembrando apenas da fórmula que conquistou para transbordar no dinheiro e em recursos. Por outro lado, a falta desses ministrado pela insensata pobreza, faz o mesmo refletir e respeitar seu semelhante, além disso, passa a ele uma força inacreditável, que dá o poder de vencer e destacar-se grandemente na sociedade injusta.

 

Douglas S. Nogueira

Integrante das Associações Literárias de Santa Bárbara e Piracicaba – ACIBEL e CLIP

Técnico de Manutenção na Arcelor Mittal Piracicaba

E-mail: douglas_snogueira@yahoo.com.br

BLOG: http://douglassnogueira.blogspot.com.br/

                       

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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