28 de março de 2024

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Artigo: Negócios lucrativos….e sociais – por Bruno Caetano

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As empresas privadas são criadas para dar lucro; é assim em qualquer economia capitalista. No entanto, elas têm condições de ir além desse objetivo. Um negócio pode ter seu lado social, inclusive os de pequeno porte, contribuindo positivamente para o meio ambiente, a comunidade e a qualidade de vida de todos. Faturar e ser socialmente responsável se encaixam perfeitamente no dia a dia de um empreendimento. 

 

Porém, antes de enveredar por esse caminho, é necessário organizar a casa. Não adianta assumir uma postura louvável da porta para fora se, da porta para dentro, há problemas. Isso implica estar em dia com as obrigações trabalhistas, com o recolhimento de impostos, respeitar as leis e o próximo e ter a prática de descartar corretamente seus resíduos. A ação social começa aí.

 

Com esse aspecto bem resolvido, é hora de pensar em que frente agir. Não há regras para definir o rumo, porém observar as características do contexto em que o negócio está é um bom ponto de partida. A ideia é suprir as carências dos excluídos e oferecer soluções para questões sociais. Isso fica mais fácil se a empresa aproveitar sua especialidade, seus produtos e serviços.

 

Uma escola de informática, por exemplo, pode oferecer aulas gratuitas para moradores das proximidades que não têm como pagar. Auxiliar uma entidade beneficente também é uma opção, contudo, é importante certificar-se de que se trata de uma organização séria, cumpridora de suas promessas e de histórico idôneo. Pesquisar no Conselho Municipal de Assistência Social é útil nesse sentido.

 

O empreendedor que abraçar uma causa dessa natureza deve estar consciente de que as iniciativas não são voltadas para o ganho pessoal, mas em favor de terceiros. Claro que a empresa vai se beneficiar em um segundo momento. A imagem do negócio acaba sendo valorizada. No entanto, qualquer marketing feito com base em ações sociais deve ser discreto ou colocará em risco a legitimidade.

 

Fazer o bem é recompensador. Nada impede que o negócio seja lucrativo e ao mesmo tempo tenha responsabilidade social. Em perspectiva, esse direcionamento pavimenta o caminho de um futuro melhor para todos.

 

Bruno Caetano é diretor superintendente do Sebrae-SP

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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