28 de março de 2024

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Artigo – Motivação da vida

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Por Alessandra Cerri

Quem não se lembra da impressionante cena da maratonista suíça Gabrielle Andersen aproximando-se da linha de chegada, no limite de suas forças, cambaleando nas olimpíadas de Los Angeles em 1984? O que explica tamanha determinação? Até que ponto podemos nos motivar?

Agora, imagine-se motivado e focado em suas metas. Talvez não seja tão impossível. Motivação, na definição da palavra encontrada nos dicionários, é “conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, que agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo” .

Se avaliarmos atentamente a palavra, podemos encontrar uma dica importante: motivação, necessariamente, exige ação. A partir disso, podemos entender que motivação é um conjunto de fatores, uma força que determinará uma ação ou a conduta de uma pessoa.

Sendo assim, para que haja ação precisa haver uma “ordem” determinando que íons sódio atravessem a membrana de neurônios que dispararão novos comandos para as células envolvidas na ação em si. Mas, inevitavelmente,  vêm as perguntas: que força é essa?  E como eu posso encontrar essa força para alcançar meus objetivos?

Para responder a essas perguntas é importante entendermos que essa ordem é enviada pelo lobo frontal; nossa área operacional, executiva de planejamento, raciocínio e de coordenação de movimentos. Por esse motivo, os movimentos voluntários ou nossas ações/metas precisam, antes de qualquer coisa, ser “pensados, idealizados”.

Em seu livro “A Magia”, Rhonda Byrne (escritora australiana e produtora) comenta que para alcançarmos nossas metas e sonhos precisamos escrevê-los, visualizá-los, agradecê-los e sentirmos as emoções do mesmo se realizando. Do aspecto cerebral, é exatamente isso; precisamos planejar, definir, racionalizar nossas metas e, assim, exigir que nosso cérebro se organize para ordenar o comando que fará com que a ação aconteça (íons sódio atravessem as membranas específicas e desencadeie a ação). Porque então é tão difícil atingirmos certas metas e objetivos?

Para responder a essa pergunta precisamos ter consciência de que a ação voluntária se origina no lobo frontal. No entanto, essa área pode ter sua função perturbada quando estamos muito ansiosos, desfocados ou deprimidos.  E talvez aqui esteja o maior problema: para se alcançar uma meta precisamos trazê-la para nosso racionale nos motivar. Uma das formas de se fazer isso é definir suas metas racionalmente e, acima de tudo, estimular as funções executivas constantemente para que os impulsos e os fatores “desmotivadores” sejam controlados, diminuindo assim nossa vulnerabilidade e probabilidade de fracasso.

Assim sendo, exija que seu cérebro seja ativado através de exercícios cognitivos (leitura, jogos de memorização e atenção, exercícios de raciocínio…) e exercícios físicos. Além disso, permita-se ser positivo e perca as crenças negativas e o insistente “não sou capaz” que alimenta grande parte dos seres humanos.

Alessandra Cerri

Finalizo com uma frase de Albert Einstein: “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”.
Namastê e até a próxima!
Alessandra Cerri é sócia-diretora do Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba (Clap), mestre em educação física, pós-graduada em neurociência e pós-graduanda em psicossomática.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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