28 de março de 2024

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Artigo – Balões e Bandeirinhas, Cadê?

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Os meses de junho e julho em um passado recente, sempre foram períodos de comemorações típicas da época, bandeirinhas, balões, fogueiras, pamonha, quentão, quadrilhas entre outras tradições, marcavam em outros tempos a passagem anual pelos dois meses. Entretanto, hoje algo está estranho, em algumas escolas, por exemplo, pelo que se ouve há um grande desprezo em relação às tradicionais e empolgantes quadrilhas, os alunos saem para os recessos do meio do ano como se nada estivesse acontecendo, antigamente as quadrilhas eram motivos de preparações antecipadas já por meados do mês de março após o início das aulas.

         Todavia não é somente no âmbito escolar que esse desprezo ocorre, atualmente pouco se vê por aí festas juninas ou julinas, o povo parece não estar muito empolgado com a passagem pelo referido período. Mas por quê? Seria pelo fato de inúmeras outras festas, que são organizadas bem nessa fase do ano? Como por exemplo, festas do peão? Ou o motivo de que o povo brasileiro, está realmente adquirindo uma tendência a mudar suas tradições com o decorrer do tempo?

         As festas juninas ou julinas a cerca de dez anos atrás, movimentavam antecipadamente multidões de pessoas, que se motivavam a organizarem tais festejos. Bandeirinhas enfeitavam todo e qualquer lugar, litros e mais litros de quentões eram comprados, pamonhas e milhos verdes preparados aos montes, balões confeccionados por crianças, adultos e velhos, além das quadrilhas que forçavam pessoas teoricamente cultas a tornarem-se caipiras. O que houve? Cadê os balões e as bandeirinhas? Onde estão?

         O Brasil parece estar rumando para um esquecimento total de suas tradições. O povo está se tornando “robótico e automático”, movido pelas tecnologias e correrias diárias, os corações já não se empolgam mais, a chegada de datas festivas e tradicionais nenhum efeito produzem no ânimo da atual gente brasileira.

         Eram lindos alguns anos atrás quando em fazendas, sítios ou chácaras quadrilhas, fogueiras, barracas típicas, bandeirinhas e balões agitavam as noites juninas e julinas daquela gente, escolas urbanas convidavam as famílias dos respectivos alunos ou as comunidades vizinhas, para participarem de seus festejos caipiras dos meses de junho e julho, a felicidade e animação faziam-se visíveis.

         Os moradores de fazendas, sítios ou chácaras de hoje, parecem também estarem indo no embalo da atual tendência social brasileira, abandonar as tradições. Passeando pelos citados locais poucos festejos típicos da época veremos, um ou outro logicamente estará ocorrendo, pois as tradições ainda não morreram por completas, no entanto para os próximos anos não se deve esperar muito em relação a comemorações juninas e julinas.

         Mas, como recuperar tais tradições segurando o ímpeto da tendência social brasileira de esquecê-las? É uma tarefa difícil, porém não impossível.

         As escolas que são os alicerces da sociedade, devem desde já observarem esse fato e agir, promovendo festas juninas ou julinas e incentivando os alunos já nos inícios dos anos letivos em fevereiro, março no mais tardar em abril, à participarem das mesmas dando liberdade a eles de convidarem familiares, vizinhos, amigos entre outros.

         Comunidades rurais como fazendas, sítios e chácaras as quais são os símbolos de tais festejos, devem se unir com grande força promovendo e divulgando-os de forma impactante.

         As prefeituras municipais devem incentivar o povo tanto rural como urbano, doando verbas aos bairros e comunidades para organizarem tais festas.

         Com essas e outras idéias, o Brasil tende a não abandonar suas tradições juninas e julinas, que sempre foram por incrível que pareça, algo muito prestigiado por pessoas do mundo todo.

 

Douglas S. Nogueira

Técnico de Manutenção e Integrante das Associações Literárias de Santa Bárbara e Piracicaba – ACIBEL e CLIP

Blog: www.douglassnogueira.blogspot.com

E-mail: douglas_snogueira@yahoo.com.br

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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