28 de março de 2024

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ARTIGO – Administrando o Trabalho

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Por Robson Paniago

Muitos cargos fabris de alta remuneração foram substituídos por equipamento automatizado, reestruturados em cargos que exigem maiores habilidades técnicas, ou migraram para outros países onde a mão-de-obra é mais barata. O resultado é uma força de trabalho bimodal : trabalhadores de pouca qualificação que recebem salário mínimo e trabalhadores altamente qualificados e bem remunerados, os técnicos ou profissionais especialistas.

 

Os trabalhadores com pouca qualificação se defrontam com baixos salários, carreiras limitadas e reduzido poder de barganha com os empregadores. Os de alta qualificação têm perspectivas de obter segurança financeira e oportunidades de avanço na carreira. A reengenharia, a redução de quadros de pessoal, a terceirização e a extinção de cargos esvaziaram o contrato informal de lealdade outrora existente entre trabalhadores e empregadores e o substituíram por um “novo acordo”.

 

Os empregadores não fazem nenhuma promessa aos trabalhadores, exceto a do emprego enquanto sua contribuição para a meta da organização exceder seu custo. Os trabalhadores reordenaram suas lealdades da seguinte forma: primeiro, para suas equipes ou projetos; segundo, para suas profissões e, terceiro, para seus empregadores.

 

Hoje, eles têm o direito de exigir trabalho interessante acompanhado de liberdade e recursos para sua boa execução, remuneração com base no desempenho e oportunidades para aprender habilidades que aumentem seu valor no mercado. Contudo, eles são responsáveis por suas próprias carreiras. A informática encurtou o ciclo de vida dos produtos, o conhecimento e as habilidades relativa ao trabalho.

 

Os trabalhadores mudarão de carreira três a quatro vezes em suas vidas profissionais. Fazer isso exigirá que aprendam novas habilidades. Dessa forma, eles precisam assumir responsabilidade por suas carreiras e encarar o aprendizado como um processo para a vida toda. O trabalho em equipe pode ser um desafio para trabalhadores que cresceram em culturas que incentivam a realização individual.

 

As habilidades de comunicação contribuem para o sucesso de equipes de alto desempenho: habilidades para resolver problemas, para tomar decisões em grupo e habilidades interpessoais, como as de escutar atentamente e solucionar conflitos.

 

Robson Paniago

Robson Paniago é doutor em Ciências Empresariais pela Universidad Del Museo Social Argentino, mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, especialista em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – SP e Graduado em Administração pela Universidade São Marcos – SP. Atualmente é professor da IBE-FGV.

 robson.paniago@fgv.br

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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