29 de março de 2024

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Artes visuais, dança, música e teatro é incorporado ao currículo da Educação Infantil, Ensinos Fundamental e Médio

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A principal alteração se refere a discriminar as diferentes linguagens artísticas, tornando seus conteúdos obrigatórios no ensino de Artes

O Governo Federal publicou na ultimo dia 3, no Diário Oficial da União, a Lei 13.278/16, que incorpora Teatro, Artes Visuais e Dança ao currículo da Educação Infantil e Ensinos Fundamental e Médio. As práticas agora fazem parte do conteúdo obrigatório da disciplina de Artes, que, até então, contemplava apenas o ensino de Música. De acordo com a Lei, escolas públicas e privadas têm cinco anos para se adequarem aos novos parâmetros.

Sandro Borelli, presidente da Cooperativa Paulista de Dança, chama a atenção para outra questão: Quem serão os professores que irão atuar nas escolas? Segundo ele: “Entendo que deve ser gente capacitada, da área realmente, aí volta a questão da interferência da Educação Física. Devemos qualificar nossa compreensão política, nos multiplicar na militância em prol da dança e das artes em geral, para não perdermos o bonde da história. Peço licença para modificar a célebre frase de Brecht ‘Tenho muito o que fazer, preparo meu próximo erro’ para ‘Temos muito o que fazer, não podemos mais errar’”.

Embora a Lei 13.278/16 não determine a criação de novas disciplinas nem a obrigatoriedade de formação dos professores nas respectivas áreas para ministrar esses conteúdos, ela pode ser considerada um grande avanço, pois antes, qualquer uma dessas linguagens – Música, Teatro, Artes Visuais e Dança – poderia ser desconsiderada no ensino de Artes, e agora não mais. De acordo com o Artigo 2º, a Lei determina que as escolas terão cinco anos para implementar as mudanças.

“Parece que, finalmente, percebeu-se a importância do desenvolvimento das Artes na formação de crianças e adolescentes”, afirma Silvania Gonçalves Dollo, Especialista em Educação Artística e Artes Plásticas, educadora de Artes Visuais do Núcleo de Educação Integrada da Fundação Romi. E continua: “A arte tem uma grande importância na educação escolar e, em geral, ela tem função indispensável na vida das pessoas, desde o início das civilizações, tornando-se um fator essencial de humanização, sobretudo, na nossa interação com o mundo em que vivemos, ao nos conhecermos e ao conhecê-lo”.

A criatividade precisa ser trabalhada e desenvolvida. O ensino das Artes nas escolas é importante na vida de crianças e adolescentes, pois, colabora para o seu desenvolvimento expressivo, para a construção de sua poética e narrativas pessoais e para o aperfeiçoamento de sua criatividade, tornando-a um indivíduo mais sensível ao que vê pelo mundo.

“Com a obrigatoriedade da disciplina de Artes e – ainda que não haja exigência na Lei pela formação profissional – com a especialização dos educadores, o diferencial da escolarização através das artes é que faz parte da natureza de crianças e adolescentes lidar com o mundo de modo lúdico, assim, a definição de meios não-verbais para que eles expressem suas emoções e sentimentos, estimula a criatividade e o estudo de conteúdos simbólicos, e é por meio das Artes nas escolas que isso será possível”, pontua Fernanda Cia Giacon, Especialista em Arteterapia e Artes Plásticas, educadora de Artes Visuais do Núcleo de Educação Integrada da Fundação Romi.

O estudo das artes contribui para que os horizontes culturais sejam ampliados e os alunos, tanto da Educação Infantil quanto do Ensino Fundamental, possam ter uma visão maior e mais aprimorada de Mundo, mais sensível e humana, assim como, expressar-se melhor e exercitar a sua capacidade criativa. Contudo, também há que se pensar além das telas e pinturas, quando se trata de Artes nas escolas.

Haja vista a fusão do Teatro e da Dança na área de Expressão Corporal. É por meio dela que o indivíduo utiliza seu corpo como instrumento para manifestações, vivenciando e interagindo com o meio. É através dela que, segundo Yvonne Berge (1981), “cada indivíduo busca sua maneira de demonstrar e de manifestar suas tristezas, alegrias, conhecimentos, dúvidas, razões e emoções”.

Para Marcia Cristina Reis de Araujo, Pedagoga e Especialista em Educação Infantil, educadora de Expressão Corporal do Núcleo de Educação Integrada da Fundação Romi, “a Expressão Corporal é composta por ritmos e processos em contínua transformação, onde expressões subjetivas e sentimentais são impressas no objeto-corpo através de movimentos, vibrações e pulsações da matéria física. É por meio dela que a comunicação suplanta o texto e a fala. É nela que o aluno se liberta de amarras convencionais e expande sua formação intelectual”.

E é possível educar pelas Artes? Sim. As Artes compõem uma linguagem que amplia, no aluno, a percepção de Mundo, logo, ela acaba atuando como conexão transversal no ensino das demais disciplinas. O ensino das Artes deve ir além da orientação do aluno para o desenho, faz-se importante a formação dele na vivência da arte, mas não de forma passiva, e sim, como um ativo crítico e construtor do autoconhecimento.

Artes nas escolas da Fundação Romi

Diferentemente das instituições tradicionais, tanto para o Núcleo de Educação Integrada (NEI) quanto para o Centro de Vivências do Desenvolvimento Infantil (CEDIN), a Fundação Romi optou por variar a situação-estímulo dos alunos ao construir a grade curricular de suas escolas, na qual, as atividades regulares, tanto das Áreas Expressivas, como Artes Visuais, Música e Expressão Corporal, quanto das Áreas de Conhecimento, como Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e Ciências Humanas, preenchem a totalidade do período escolar e não parte dele, pois, há mais de 20 anos a instituição entende que a educação integral só faz sentido se torna o aprendizado significativo, com a criança e o jovem como seu coautor, permitindo um aprofundamento no conhecimento, ampliação do olhar e a valorização das diversas áreas que fazem parte de sua formação, com as competências tanto sociais quanto intelectuais.

Para a Diretora do NEI e do CEDIN, Luciana Bueno Bruscagin, “o processo educativo não pode se concentrar, exclusivamente, em conteúdos cognitivos, é preciso pensar no educando de maneira integral. Fortalecer virtudes, o desenvolvimento dos sentimentos, a capacidade de reconhecer a sua existência, de expressá-la de modo espontâneo e no momento oportuno, a obtenção de habilidades pessoais e interpessoais, assim como, outras ligadas à comunicação oral e à escrita, ao raciocínio, ao pensamento crítico, à autodisciplina, à responsabilidade, à ética, à adaptabilidade, à flexibilidade, ao respeito, ao trabalho em equipe, à honestidade, à integridade e tantos outros aspectos necessários no Mundo. Todo esse complexo somente será possível em uma educação de pensamento integrativo e, as Artes compõem parte fundamental nisso”.

 

 

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO INTEGRADA

O Núcleo de Educação Integrada é fruto dos mais de 20 anos de experiência da Fundação Romi na área de Educação. Uma escola de Ensino Fundamental II cujo sistema de ensino, próprio e inovador, faz do aluno agente ativo de sua própria formação. A proposta pedagógica abrange o currículo oficial do Ministério da Educação além de diversas áreas do conhecimento que, através da interdisciplinaridade e desafios, desenvolvem a autonomia e a capacidade de socialização de seus alunos. Av. Monte Castelo, 1095, Jd. Primavera – Santa Bárbara d’Oeste, SP. (19) 3499-1555. www.fundacaoromi.org.br/nei. www.educacaoquetransforma.org.br

FUNDAÇÃO ROMI

Criada em 1957, em Santa Bárbara d’Oeste, pelo casal Américo Emílio Romi e Olímpia Gelli Romi, a Fundação Romi tem como missão promover o desenvolvimento social e humano através da educação e cultura. Pioneira na promoção da comunidade regional e na realização de ações sociais, atende mais de 30 mil pessoas por ano por meio de seus quatro grandes eixos: o Centro de Vivências do Desenvolvimento Infantil (CEDIN), o Núcleo de Educação Integrada (NEI), Centro de Documentação Histórica (CEDOC) e a Estação Cultural (EC). Tendo como apoiadora a Indústrias Romi S.A., instituições governamentais e não governamentais e demais parceiros da iniciativa privada, a Fundação Romi objetiva, continuamente, atingir maior número de beneficiários por meio de suas áreas de atuação, seus programas e projetos. Av. Monte Castelo, 1095, Jd. Primavera – Santa Bárbara d’Oeste, SP. (19) 3499-1555. www.fundacaoromi.org.br.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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